Nessa modernidade de recursos tecnológicos, com tantos estímulos nas redes socais, precisamos ser seletivos nos conteúdos que ocuparão o nosso tempo. Somemos a isso o fato de estarmos num ano em que estão em pauta dois temas que geram paixões, polêmicas e fanatismos: as eleições e a Copa do Mundo.
Com o início do horário eleitoral gratuito, o assunto mais badalado será as eleições. E tomara que não haja novos eventos trágicos, como o de Foz do Iguaçu.
Depois das eleições, as rodas de conversa serão sobre a Copa no Catar.
E os estudos? Como ficam?
Não há nada de errado em apreciar uma boa conversa futebolística. Idem quanto às manifestações políticas (mas sem brigas, e respeitando as diversas opiniões). Aliás, essas conversas podem propiciar momentos de descontração entre uma lição e outra.
Mas devemos nos policiar para não ficarmos excessivamente nesses assuntos. Senão, os estudos serão prejudicados. Aí... o dia da prova vai se aproximando... e vem aquele gosto de guarda-chuva: “Eu perdi meu tempo em conversas que não me levaram a nada; e deixei de estudar”.
Para evitar isso, organize seu tempo para não te faltarem as horas de estudos. Ainda que elas não sejam muitas, são preciosas. Porque, para o seu aprendizado render, vale muito mais qualidade dos estudos, e não tanto a quantidade.
Mas, se você não se policiar, o futebol e as eleições consumirão todo o seu tempo. Ao primeiro sinal de revisões nos estudos que você está deixando de fazer, pergunte a si mesmo: “O assunto dessa roda de conversa vai cair na prova”? Se a resposta for não, peça licença aos interlocutores e volte aos livros e apostilas.
Ao chegar em casa, se algum familiar insistir nesses assuntos, ou desejar falar sobre as novelas ou um “reality show”, pense intimamente na mesma pergunta: “Isso vai cair na prova”? E concentre-se nos estudos.
Mas pode ser que insistam em conversar sobre algum tema que consumirá seu tempo. Então, se necessário, vá para o seu quarto e coloque um cartaz na porta: “Silêncio! Ele está estudando”.
Cumprindo essa jornada, você dará um grande passo para triunfar num concurso, ou no Enem, ou no curso dos seus sonhos. E, somente depois de ver o seu nome na lista de aprovados, comemore com essas conversas que, obviamente, não caiu na sua prova.
Porque, afinal, ninguém é de ferro. Mas seja amistoso e respeite as opiniões diferentes das suas. Desse modo, as amizades não serão desfeitas e outras tantas serão formadas.
A todos eu desejo bons estudos.
Advogado, professor de Direito Penal, autor de “Como passei em 16 concursos” e“Pedagogia do advogado”. Escreve neste espaço às quartas-feiras