Kalil vai cortar e exonerar até R$ 1 bi para baixar déficit

Orion Teixeira
orionteixeira@hojeemdia.com.br
15/01/2017 às 12:49.
Atualizado em 15/11/2021 às 22:25

No lugar das ansiadas reconduções, o diário oficial da Prefeitura de Belo Horizonte continua espalhando apreensão entre servidores com mais exonerações. Uns acabam nem dormindo, já que, a partir de meia-noite, outra edição já está no ar, levando más e boas notícias. A previsão agora é a de encerrar a remontagem da gestão amanhã. Depois, não se sabe quando haverá atos de recondução, nomeação e exoneração. O critério é economizar e saber se aquele exonerado está fazendo falta ou não.

Tudo é novidade por ali, para os servidores e a atual gestão, já que soma-se ao estilo do chefe (Alexandre Kalil) as medidas que avaliam como necessárias para arrumar a casa e colocar as contas em dia. Além da falta de gerentes comissionados que perderam os cargos, travando a máquina administrativa, alguns secretários ficam paralisados por receio da excessiva centralização e das famosas broncas do prefeito. 

A principal preocupação hoje é com as contas a pagar deixadas pelo antecessor Marcio Lacerda (PSB), entre elas, empréstimos que começam a vencer neste mês. Tudo somado, a nova gestão fará cortes, onde puder, de R$ 1 bilhão para reduzir o déficit em um orçamento de R$ 10 bilhões. Os servidores representam 50% dos gastos totais.

Mais do estilo do novo chefe

Além do personalismo, o prefeito Alexandre Kalil vai esbanjando popularidade e excentricidades nessa fase de lua de mel, ao contrário de outros, entre políticos e gestores, que evitam as ruas. Em um dia, ele deixou a prefeitura a pé para almoçar no vizinho Automóvel Clube (Centro), deixando a segurança de cabelo em pé. Em outro, sai de lá sem avisar, atravessa a rua, vai até uma lanchonete e fica na fila por um sanduíche. Noutro final de semana, driblou a segurança e viajou de moto, ao lado da mulher, Ana, cada um em sua máquina, até Tiradentes (190 quilômetros da capital). Como está ‘incluso no preço’, enfrentaram até chuva de granizo.

Derrotados e nomeados

Derrotados na eleição, os candidatos a vereador Wellington da Silva Corrêa (PHS) e Jadson da Silva D’Nantes (Rede) foram agraciados com cargos em comissão na prefeitura da capital mineira. Décimo suplente de vereador, com 1.974 votos, Wellington foi nomeado, no dia 13 de janeiro, chefe de Divisão de Recursos Humanos da Diretoria Administrativo-Financeira da Fundação de Parques Municipais e também designado para responder interinamente pelos cargos de diretor administrativo financeiro e diretor de Necrópoles da mesma fundação.

Jadson foi nomeado, no dia 10 do mesmo mês, chefe de Divisão do Centro de Referência da Cultura Popular e Tradicional Lagoa do Nado da Diretoria de Museus e Centros de Referência, da Fundação Municipal de Cultura. Não é suplente, teve apenas 917 votos.

Vazamentos e Carnaval de BH

Como tem acontecido nas últimas edições, o VI Concurso de Marchinhas Mestre Jonas do Carnaval de BH volta a disparar contra os políticos, especialmente os tucanos. A dupla Vitor Veloso e Marcos Frederico soltam o verbo com a marchinha “Solta o cano que não cai”. Eles criticam os vazamentos nas delações premiadas que só pegam petistas e aliados. Confira aqui: http://bit.ly/2iTYBsX. Neste ano, serão selecionadas 15 canções até o dia 30 de janeiro. 

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