Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

A economia agora

Publicado em 24/09/2022 às 06:00.

Agora que as eleições batem à porta, os brasileiros, com legítimas razões, perguntam: estamos melhorando em termos de economia? Como será 2023, quando já tivermos um novo presidente na República e um novo governo?

Quem não entende do riscado, evidentemente queda em dúvida, porque o povão, o cidadão que sobrevive com seu salário, sente o Natal chegando com notícias pouco alvissareiras. As instituições financeiras consultadas pelo Banco Central elevaram a projeção para o crescimento da economia brasileira este ano de 2,26% para 2,39%. Para ano que vem, a expectativa para o PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos no país é de crescimento de 0,5%. Em 2024 e 2025, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,8% e 2%, respectivamente. É para rir ou chorar?

Grande parte dos jornais comenta que a economia entre nós já começou a caminhar, mas lentamente, em passo de tartaruga. Nada que justifique euforia, quer para as autoridades, quer para os consumidores, que diminuíram as queixas quanto ao valor das mercadorias.

O comércio varejista entrou no segundo mês com redução de faturamento. E só se compra quando se tem dinheiro. Não basta a inflação diminuir, porque a receita do trabalhador não aumentou. Se bem que há aqueles segmentos que vivem em alegria, sabe Deus como, apelando semanalmente para os festejos na periferia, que terminam em grande parte nas delegacias de polícia, quando não nos institutos de medicina legal.

Existe realmente um alívio para os consumidores? Porque não há razão efetiva para celebrações, mesmo que os economistas oficiais revelem certa tranquilidade. Lá fora, no exterior, tampouco aparecem motivos para alegrias e comemorações. A situação anda mal não somente pelas explosões de revolta da natureza com chuvas em volume alto em determinadas regiões, em temperaturas altíssimas na Europa, incêndios até no Canadá. Nem se comente sobre pandemia, porque os registros são trágicos e o presidente da Organização Mundial de Saúde ainda não a considera terminada. Pelo menos declarou à Imprensa de todo o planeta.

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