2021 não foi um ano fácil em lugar algum do mundo, se se considerar a disseminação da Covid por todos os países. E a situação ainda não está definitivamente resolvida. No penúltimo dia de 2022, três anos após declarar a doença como emergência global em saúde pública, a OMS-Organização Mundial de Saúde ainda age, como de sua missão, com cuidado. Ela informou que ainda não podia anunciar o fim da pandemia e do estado de alerta causado pelo vírus. O diretor-Geral Tedros Adhanom Ghebreyesus foi muito claro e objetivo.
Ainda há muito caminho a trilhar.
No mês de carnaval deste ano, somos obrigados a convir que o período foi marcado por uma das maiores tragédias da história. As estatísticas mostram que, em nenhum outro país, a quantidade de vítimas fatais foi tão elevada proporcionalmente à população quanto o nosso, embora uma das Nações mais preparadas para enfrentar emergências sanitárias, em grande parte graças à competência do Sistema Único de Saúde, a despeito das dificuldades sabidas, começando pelas baixas remunerações.
Observa-se, contudo, que a Santa Casa de Belo Horizonte, referência no atendimento na capital e Região Metropolitana, atuou de forma estratégica no combate ao vírus, sem deixar de dar assistência aos pacientes das demais e muitas enfermidades.
Enobrece os que se dedicam à saúde, o que se vê. Com mais de 1.200 leitos, a instituição realizou 2.281.658 exames, e mais de 3 milhões de atendimentos, além de 38.096 cirurgias por seus 2 mil médicos. Somaram 52.454 as internações e 325.166 as consultas.
Para não ficar cansativo ao leitor, lembraria simplesmente que, nas unidades da Santa Casa de Belo Horizonte, trabalhavam no fim do ano 5.638 pessoas em regime CLT. Não vou insistir em repetir números, porque o principal é que a população saiba que a instituição segue rigorosamente a missão que assumiu em 1899, quando constituída.
E não parou, nem para. Há planos em definição e projetos em execução, contando com colaboradores em inúmeras iniciativas para serviços de excelência de forma humanizada, formando o maior grupo hospitalar de Minas Gerais, com suas seis unidades.
Esquecia-me. A despeito da Covid, que interferiu em suas atividades, sem diminuí-las, manteve-se a Santa Casa como o maior hospital transplantador de órgãos, tecidos e células de Minas e um dos maiores do Brasil.
O que resta fazer é fabuloso. O país tem um déficit estimado de 1 milhão e 100 mil procedimentos represados desde o começo da pandemia mundial provocada pelo coronavírus.