Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Bons caminhos

Publicado em 03/12/2024 às 06:08.

Li o release e não entendi “bulhufas” ou “bulhufas”, palavra tampouco encontrada na Grande Enciclopédia Portuguesa e Brasileira e no Caldas Aulette. Refiro-me à notícia de que a Santa Casa de Belo Horizonte, maior hospital em número de internações nesta nossa Minas Gerais, “inova ao implementar a Farmácia de Dose Unitária,  que eleva padrões de segurança, economia e qualidade no atendimento.

O conteúdo do texto, todavia, me esclareceu à suficiência: “No sistema de dose unitária, cada medicamento é preparado e entregue em doses individuais, prontas para a administração direta ao paciente. No modelo de distribuição por dose unitária, o medicamento é preparado em um ambiente estéril e entregue ao setor em embalagens individuais e prontas para administração.

Cada dose é rotulada com informações essenciais, como nome do paciente, nome do medicamento, dosagem, posologia, data de preparo e validade, garantindo a segurança do processo. Esse método permite um controle  rigoroso e rastreabilidade do medicamento desde a preparação até a administração”.  

Entendido assim que a Farmácia de Dose Unitária  é algo valioso para o paciente, também se fica sabendo que ela é, em nosso meio, revolucionária, voltada para manipulação de medicação venenosa, com potencial para transformar o atendimento em pediatria, resultando de longa experiência bem sucedida.

Durante o projeto-piloto, que abrangeu dez leitos de Pediatria e 45 pacientes, observou-se que os resultados foram expressivos: dos 870 frascos de antibióticos venosos prescritos, apenas foram 270 utilizados, com redução de quase 70%. Há um ambiente controlado e estéril, minimizando o risco de contaminação dos medicamentos, permitindo que um único frasco atenda a vários pacientes.

As pessoas não prestam muita atenção nisto que se chamaria de “detalhes”, mas – no fundo - todos saem ganhando do experimento bem- sucedido: o paciente em primeiro lugar, é claro; os profissionais que atuam na área; o estabelecimento hospitalar, que consegue apreciável economia. Resultado à frente, tem-se segurança e eficiência.

Com as medicações preparadas prontas para uso, a enfermagem pode dedicar mais tempo ao cuidado direto com o paciente, elevando a qualidade do atendimento e o acolhimento.

Enfim sorriso geral - do provedor da Santa Casa, Roberto Otto Augusto de Lima, além de diretores, superintendentes, médicos e farmacêuticos. A parceria com o Instituto Ronald MacDonald, Chico Neves; o fundador e presidente da Casa de Acolhida padre Eustáquio - CAPE, José Marcílio Nunes Filho; e a Superintendente da CAPE, Mônica Araújo, enfim instituições que patrocinaram o projeto.

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