Foi uma notícia excelente, publicada pelo jornal impresso mais antigo em circulação na capital. O título era: “A Santa Casa faz mutirão de implante cerebral”. Com assinatura dos jornalistas Queren Hapuque e Edésio Ferreira, o título da matéria explicava: “Único em Minas a oferecer a cirurgia pelo SUS, hospital de BH opera dez pacientes com Parkinson para instalar ou atualizar o sistema de eletrodos que controla movimentos”.
Em seguida, os nomes dos beneficiados, e por atacado, contava-se que, pela primeira vez, dez pacientes com Parkinson e outros distúrbios do movimento passaram, no mesmo dia, por cirurgia que pode transformar suas rotinas: o implante de eletrodos cerebrais, feito pela Santa Casa BH, único hospital de Minas Gerais habilitado a utilizar o procedimento pelo Sistema Único de Saúde.
Era uma quarta-feira, 25 de junho, depois da festa de São João, pois, mas todos estavam felizes: dos pacientes e familiares, aos médicos e demais profissionais de Neurocirurgia da entidade belo-horizontina, com longo e amplo reconhecimento, inclusive em nível internacional. Vale explicar. No caso específico, a cirurgia de Estimulação Cerebral Profunda, ECP, também conhecida como DBS (Deep Brain Stimulation) é aplicada para casos em que o tratamento com medicamentos já não é capaz de resolver o problema dos sintomas da doença.
Em resumo: o procedimento consiste na implantação de eletrodos em áreas profundas do cérebro, ligados a um gerador instalado no tórax do cliente.
O paciente, se tivesse de pagar, teria de contar R$ 200 mil a R$ 300 mil. No SUS, é outra coisa. Pelo Sistema Único de Saúde, parte do valor é pago pelas secretarias de Saúde do município e do Estado que têm contrato para a cirurgia, visando viabilizar o serviço. Enfim, os bons resultados são saudados pelo paciente e pela família. E pela filantrópica que sabe prestar bons serviços.