Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

E o orçamento

Publicado em 01/11/2025 às 06:00.

O Brasil chegou a 213,4 milhões de habitantes em 1º de julho de 2025, segundo estimativa divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, representando crescimento de 0,3% relativamente ao ano anterior. De acordo com o IBGE ainda, o país seguirá em trajetória de crescimento até 2041, atingindo 220,42 milhões de pessoas, mas passará a encolher a partir de 2042, chegando em 2070 com 199,2 milhões. 

São Paulo permanece como o estado mais populoso do Brasil, com 46.081.801 habitantes, o que representa 21,59% da população nacional. Em relação ao ano anterior, quando o número era de 45,9 milhões, houve um leve crescimento. Logo atrás, os estados com maior número de habitantes são Minas Gerais, com 21.393.441 pessoas, e Rio de Janeiro, com 17.223.547.

É o momento muito propício a meditar sobre o que nos aguarda, principalmente agora que vivemos um período de intensa atividade política, quando o próprio presidente da República, que já o foi por três vezes, anuncia seu nome para disputar um quarto mandato em 2026, quando terá ele atingido 80 anos de vida. 

A campanha no Planalto está escancarada e o volume de utilização dos espaços nos meios de comunicação talvez tenha chegado ao mais elevado nível da história. Mas não se pode admitir que o Brasil esteja dividido apenas entre “nós e eles”, direita e esquerda. E há o gigantismo das organizações criminosas, responsáveis pela hora de ebulição que campeia e deixa um saldo aterrorizante de ilicitudes de toda natureza. 

Não se permitirá o ódio como prática de governo, de poder, como não se admitirá a inclusão das falanges criminosas no âmbito de caminhos para o porvir. O otimismo e a confiança, contudo, devem orientar a gestão dos negócios públicos, na gestão em dúvida e declínio, a situação que não pode perdurar. 

Não enfrentamos presentemente nenhuma guerra total. Mas a alta temperatura nas grandes nações como nas pequenas transformou o planejamento em sede de incompreensão e desentendimentos que nos levam a perspectiva de conflitos generalizados em todo o planeta. É preocupante e nocivo o cenário em que ora vivemos e em que pensamos. E, enquanto brigamos num círculo de insensatez, não conseguimos sequer ter uma Lei Orçamentária, o que é fundamental para os negócios públicos e planos, e projetos para o próximo exercício. 

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