Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

EUA e Trump

Publicado em 15/11/2025 às 06:00.

A jornalista Mariana Tokarnia, da Agência Brasil, fez um resumo otimista dos fatos que abalam a América Central, sobretudo as águas do Pacífico e do Caribe, nos dias mais recentes. No entanto, em Kuala Lampur, onde os presidentes Trump e Lula se encontraram, o ambiente era satisfatório e de feliz expectativa.

O executivo brasileiro foi claro: estava à disposição para negociar os desacertos entre a Casa Branca e Caracas. Peremptório, declarou: “O Brasil não tem interesse em que haja uma guerra na América do Sul. A nossa guerra é contra a pobreza e a fome. Se a gente não conseguir resolver o problema da fome e da miséria, como a gente vai fazer guerra? Para matar os famintos? Não dá para entender que tudo seja resolvido à base da bala”. 

Os jornais do dia 4 informavam a todo o mundo: o candidato muçulmano Zohran Mamdani foi eleito prefeito da cidade de Nova Iorque. Com 34 anos, ele se tornou o mais jovem em mais de um século e o primeiro chefe executivo muçulmano da cidade. Reuniu mais de 50% dos votos, derrotando o ex-governador Andrew Cuomo, que concorreu como independente, e o republicano Curtis Sliwa.

O noticiarista comentou: “A disputa ganhou projeção nacional, especialmente porque o presidente Donald Trump havia manifestado oposição à sua candidatura. A eleição marca a troca de geração e de visões para Nova Iorque”.

A verdade verdadeira é que nunca se poderá prever o dia seguinte, enquanto o ocupante da Casa Branca for o senhor Trump. E os próprios conterrâneos e eleitores ficam ignorando os fatos mais uma vez. A mais poderosa nação do planeta vive dificuldades para manter a máquina pública em precário funcionamento. Há poucos dias, já somavam 700 mil os funcionários sem trabalhar, com salários suspensos.

Ninguém sabe onde Trump quer chegar, declarou alguém que diz não ser porta-voz da Casa Branca. A dúvida reside na situação interna e   ameaças bélicas à Venezuela, que repercutem em toda a América Latina. Cerca de cem pessoas já foram mortas em ataques a barcos com supostos traficantes na região, agravada com a posição do presidente Gustavo Petro, da Colômbia.

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