Nada há de mais incômodo e preocupante do que aguardar resultados de exames em hospital. É algo que se repete milhares de vezes nos estabelecimentos do gênero em todo o país, ou mundo aos milhões, mas há gente cuidando de reduzir esse fenômeno. Graças ao esforço de pesquisadores e técnicos, produziu-se um equipamento que reduz o tempo de identificação dos microrganismos, de dias para minutos. Otimizam-se os tratamentos e beneficia-se toda a comunidade médica, os pacientes.
Os profissionais da área, as famílias, todo o sistema, enfim.
O Maldi-Tof, uma das tecnologias mais avançadas em diagnóstico microbiológico, criada na Alemanha, acaba de desembarcar na Santa Casa BH, no Laboratório de Análises Clínicas. Utilizando tecnologia de espectrometria de massa, o equipamento identifica bactérias e fungos com precisão em somente 15 minutos, enquanto antes o processo poderia exigir até 72 horas ou, no caso de fungos filamentosos, demandava até 10 dias.
Fiquei sabendo também: além de acelerar o diagnóstico, o equipamento permite identificar microrganismos resistentes a antibióticos, enfrentando um dos maiores desafios globais na saúde pública: o controle da resistência bacteriana. Essa inovação contribui para o uso mais racional de antimicrobianos e possibilita intervenções médicas mais assertivas em casos críticos, como sepse e surtos de infecções hospitalares.
Por tudo isso, havia satisfação no rosto daquela gente que compareceu no dia de inauguração do Maldi-Tof: os profissionais de saúde da instituição e representantes da Biomega, empresa fornecedora do equipamento.
O infectologista Mozar de Castro Neto ressaltou o impacto no atendimento clínico: “com diagnósticos rápidos, ganhamos tempo para intervir em casos graves. Essa agilidade melhora os desfechos clínicos e garante tratamentos mais direcionados e eficazes.”