Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Minas e a Vale

Publicado em 20/09/2025 às 06:00.

O historiador João Camillo de Oliveira Torres há de ser lembrado nesta hora. Ele opinava, com sólidas razões, que nenhuma questão da política aproximaria os mineiros quanto a concessão das grandes jazidas de ferro existentes em nosso território. Na gestão de Artur Bernardes o tempo e o nacionalismo do presidente mineiro chancelaram o primeiro capítulo na luta nacionalista brasileira: a Vale do Rio Doce é um capítulo relevante que vem daquela época difícil, mas gloriosa. 

A entrevista à imprensa da Vale, Gustavo Pimenta, há poucos dias, avaliza a posição de Bernardes e de quantos estiveram com ele naquele período histórico. Em resumo, as declarações deste setembro confirmam a segurança e solidez de princípios e providências adotadas visando defender Minas e seu patrimônio. 

Com investimentos de R$67 bilhões em Minas Gerais até 2030, a Vale projeta elevar a produção de minério de ferro no estado das atuais 125 milhões de toneladas/ano para um patamar entre 140 milhões e 150 milhões de toneladas no período. Mas, mais do que investir na estrutura produtiva, a empresa colocou Minas no centro de um processo de transformação que visa a descarbonização da cadeia mineiro-siderúrgica, mineração sem barragens e sem impacto ambiental e automação dos processos produtivos. 

Há onze meses na presidência da Vale, Gustavo está cioso da responsabilidade da empresa e afirma categoricamente: “Minas Gerais está no centro da transformação da Vale. Temos uma longa história de aprendizado, de uma profunda evolução cultural e, sobretudo, de parceria com os mineiros”. Ele dá destaque para o papel de Minas no processo de descarbonização da cadeia siderúrgica. “O briquete verde, de desenvolvemos em Nova Lima, é um produto que, quando lançado no alto-forno do cliente, emite 10% a menos de CO2, quando comparado com a pelota”. 

E mais ainda: Minas Gerais está no centro da transformação da Vale. Temos uma longa história de aprendizados, de uma profunda evolução cultural e, sobretudo, de parceria com soo mineiros. É um trabalho que vem sendo feito em várias vertentes, em vários ângulos, que não só físico de estabilidade de estruturas geotécnicas, mas mais amplo, de transformação cultural para uma empresa mais inovadora e mais moderna”. 

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