Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Montes Claros em evidência

Publicado em 30/09/2025 às 06:00.

Já se sabe. Em 2026, haverá eleição para presidente da República, para a qual, aliás, se encontram em plena efervescência os milhões de habitantes do país, mas principalmente os candidatos. Porém, muita coisa mais, também importante, acontecerá. Entre elas, a fábrica de café em cápsula, uma novidade para muita gente.

O investimento será em uma região em que o progresso não para, embora no passado fosse apenas considerada terra de longa estiagem e de gente valente. A Nestlé vai investir cerca de R$ 450 milhões na ampliação da fábrica do Nescafé Dolce Gusto, em Montes Claros, minha cidade natal, e de maior poder econômico do Norte mineiro.

A fábrica que lá já existe ampliará a capacidade de produção em 40%. Durante as obras de expansão, entre 2025 e 2028 serão gerados em torno de 1 mil empregos diretos. Quando a nova etapa entrar em operação, ela terá um aumento de cerca de 50% de ocupação de mão de obra fixa no processo produtivo, que, hoje, envolve 230 postos de trabalho. Inaugurada em 2015, a fábrica é uma das cinco da marca no mundo e a única das Américas. O aporte destinado a Montes Claros está inserido em um pacote de R$ 7 bilhões de investimentos que a companhia anunciou neste ano e visa acelerar o negócio de cápsulas de cafés da multinacional. Atualmente, o café cápsula responde por 8% do consumo da bebida no Brasil. A meta é expandir esse percentual, já que na Europa esse tipo de café corresponde a 35% do consumo total do produto.

Deste modo, Montes Claros exportará para países como Argentina, México, Uruguai, Chile e Equador. Meus amigos de Montevidéo vão sentir o gostinho bom do que se fabrica no distante sertão de Minas, hoje produtor de algo finíssimo para uma parte das Américas. No meu tempo, não havia disso.

A ampliação se fará em etapas e contempla a modernização de equipamentos, automação de processos, instalação de duas novas linhas para as cápsulas e multibebidas à base do café, de que o Estado é hoje o maior produtor. 

Com conclusão prevista até 2028, o projeto aumentará em 40% a capacidade produtiva da unidade em Minas Gerais, a única das Américas e uma das cinco da marca no mundo.

Muito bom!

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