Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

No mês de julho

18/07/2020 às 14:53.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:04

Dezesseis de julho é data para não se esquecer. Porque é data da fundação de Mariana, primeira vila, primeira cidade, primeira comarca e primeira capital de Minas, além de primeiro bispado. Pelo visto, não é pouco e por tudo se rejubilam os ali nascidos, gente dos mais altos predicados de que tanto se orgulham a velha província e, depois, o estado.

O escritor Danilo Gomes, de querida família da antiga Vila do Carmo ou do Ribeirão do Carmo, inicialmente Vila de Albuquerque, em homenagem ao então governador do Carmo, Antônio de Albuquerque Coelho de Carvalho, foi criada em 8 de maio de 1711. Confirmada em 16 de julho de 1712, compreendia sua jurisdição todo território a Sudeste da capitania.
Antônio de Albuquerque era governador do Rio de Janeiro, quando foi, por carta régia de 9 de novembro de 1709, nomeado governador da recém-criada capitania de São Paulo e Minas de Ouro. O governador pacificou as Minas e convocou a junta de 10 de novembro, em Sabará, com a presença inclusive de Borba Gato e representantes da nobreza da terra, do clero e do povo, quando anunciou a organização de municipalidades. Os povos teriam governo próprio, de caráter democrático, para aplicação da justiça e solução de seus problemas. 

Pois o Dia de Minas se atribui a fundação da cidade de Mariana, reverenciado por iniciativa de Roque José de Oliveira Camêllo, cuja vida e exemplo foram citados pelo Dr. Aristides Junqueira Alvarenga, ex-procurador geral da República. 

Por lei sancionada em 19 de outubro de 1979 pelo governador Francelino Pereira, tornou-se realidade o propósito de criação do “Dia de Minas Gerais”, confirmado pela Emenda nº 22 da Constituição de Minas Gerais, o governo de Minas continuasse a se transferir para Mariana no dia 16 de julho de cada ano. 

Eis o 16 de julho de 2020, em meio ao torvelinho político e o morticínio que causa a Covid-19. Para o ex-procurador da República, nem tudo se esvai com a existência de um amigo. Disse ele: “a fulgurante vida do meu colega de infância não se apagou em 18 de março de 2017, aos seus anos de idade. Brilhará sempre”.
 

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