Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Nossa pecuária

Publicado em 27/01/2024 às 06:00.

Depois de longa temporada sem chuva, confirmando até algumas informações da Inteligência Artificial, despencaram em boa parte do território mineiro pesadas pancadas, que deixaram estragos muitos, danos múltiplos, principalmente em cidades de maior porte, embora também efeitos perversos fossem sofridos naqueles de menores dimensões. Com mortos e desaparecidos humanos, que não encontraram meios para fugir às destruidoras cargas. 

Extensas regiões, que reclamavam da estiagem maligna, puderam enfim prever que a água descia do céu e que os anjos diriam amém. Aconteceu também no meu Norte de Minas e pelas bandas do Jequitinhonha, Mucuri e Itambacuri. Ainda bem. Mas o que inúmeros mineiros não apreciaram foi com relação aos rebanhos bovinos. Havia gente pensando que Minas liderava, mas se enganou. 

Em verdade, pelos dados ora revelados, a liderança no número de bovinos no país pertence a Mato Grosso, com 34.246.313 cabeças, seguido pelo Pará com 24.991.000. Seguem Goiás com mais de 24 milhões também, enquanto o estado montanhês dispunha de 22.993.105, em 2022.  Somos, assim, o quarto em número de reses bovinas.

Os maiores municípios criadores  entre nós são: Prata, Campina Verde, Santa Vitória, Unaí, São João da Ponte, João Pinheiro, Carlos Chagas, Paracatu, Patos de Minas, Uberlândia.  Apesar disso, a quantidade de cabeças segue sob liderança do Triângulo – Alto Paranaíba, seguida pelo Norte, mas com distância assaz relevante. A primeira conta com 5.437.061 cabeças, enquanto o Norte soma 2.834.992. Em seguida, aparecem Sul e Sudoeste, Vale do Rio Doce, Zona da Mata, Noroeste, Oeste, Central, Metropolitana de Belo Horizonte, Vale do Mucuri, Jequitinhonha e Campo das Vertentes. 

Segundo os mais recentes números, o rebanho bovino de Minas é de 22,99 milhões de cabeças, enquanto a população está com 20, 558 milhões de habitantes.  

 Não podemos reclamar, mas não devemos deixar de investir. Precisamos manter o prestígio de nossa pecuária e a qualidade de nossos produtos. Não sem razão, Antônio de Salvo, de uma família de pecuaristas e presidente da Federação da Agricultura de Minas, declarou recentemente: “A pecuária de corte vem conquistando novos mercados considerando a qualidade e sanidade do nosso rebanho; a gripe aviária não nos atingiu nesse 2023, justamente pelas ações rápidas e alinhamento produtivo”. 

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