Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Olimpíadas 2024

30/07/2024 às 07:00.
Atualizado em 30/07/2024 às 18:42

Tempo de Olimpíadas. E vai durar até 11 de agosto, com 206 delegações, 10.500 atletas, usando 157 línguas e disputando 47 modalidades esportivas. O custo previsto era de 8 bilhões de euros, mas os resultados já começamos a conhecer pela Imprensa. É um feito histórico.

Aylê-Salassié Filgueiras Quintão, jornalista, professor, escritor, recorda a comemoração dos 100 anos dos Jogos Olímpicos, quando professores e alunos de jornalismo e publicidade da Universidade Católica de Brasília, foram comemorar a efeméride na Grécia, palco dos acontecimentos, cobrindo o evento, primeiro passo para profissionalização. Pela primeira vez, utilizaram as tecnologias digitais.

Participavam da missão adolescentes carentes da Universidade, quociente de inteligência acima da média, com virtudes descobertas pelo mineiro de Montes Claros, Darcy Ribeiro, ex-ministro da Educação. No grupo falava-se meia dúzia de línguas.

Eis que os professores e estudantes decidiram relatar em livro como foi o trabalho de cobertura, publicação que receberia - como recebeu – o título de “Projeto Clandestino”, que mereceu imediato apoio do embaixador na Grécia, Antônio Nicolaides.

Como já estava em moda o emprego de atentados a autoridades e eventos, mesmo em Atenas, nos dias antecedentes à abertura dos Jogos, o Grupo da Universidade de Brasília preparou um “Manifesto pela Paz”, lido nos alto-falantes e se desenvolvendo uma cobertura alternativa- a “Agenda Positiva”.

“Configurou ainda uma matriz de inclusão digital, reunindo, numa plataforma eletrônica, tecnologias das diferentes áreas midiáticas; e outra social, em que se incluía, na equipe de cobertura, estudantes com deficiência física.

A estratégia resultou em contatos e entrevistas com alguns medalhistas mundiais. Foram produzidas aproximadamente 300 matérias, em texto, áudio e imagem. (...) O projeto foi notícia na mídia internacional. A experiência terminou por inspirar, na UCB, projetos finais de curso, dissertações, dois livros, e dois vídeos documentários de TV e perto de 4 mil. fotografias. 

O livro “Projeto Clandestino” termina com uma frase lapidar do nosso anfitrião no Colégio, Patyssia, George Russos: “Les fréres de notre communauté gardent le meiller souvenir des jeunes qui ont passe´plus de deux mois avec nous”. Eles ficavam admirados com o fato de que enquanto eles dormiam, nós trabalhávamos. Era a diferença de fuso horário.

Em 2024, o final será diferente, em Paris.

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