Em meio ao turbilhão de notícias más sobre a administração pública no país, tem-se até medo de percorrer o divulgado pelos noticiários, sobretudo dos jornais, a que mais pode pairar diante de nossos olhos. Detrás das boas e auspiciosas informações, não se assusta o leitor diante da suspeição e do possível engano de entendimento do conteúdo.
Por isso mesmo é que o distinto público brasileiro vê e examina com cuidado o que também se diz a respeito do SUS, que está completando 35 anos de serviços prestados à população. É fenômeno raríssimo. A partir da Constituição de 1988, o Sistema foi implantado, fundamentando-se na universalidade, integralidade e equidade, para tornar-se, em período bastante razoável para experimentação, um dos melhores e maiores do mundo. Isto mesmo, do mundo.
O SUS, a despeito de tudo e de todos: de fatores negativos do meio, consagra-se, embora aspectos prováveis de gestão imperfeita e de insuficiência de recursos, além de condições para atuação no próprio meio em que atua.
Presentemente, o Sistema é responsável, segundo o Ministério da Saúde, por 75% de atendimentos médicos em todo o país, contando com a muito valiosa contribuição da rede filantrópica, responsável por mais de 50% da demanda nacional de leitos.
A Santa Casa de Belo Horizonte, primeira unidade de saúde na inaugurada capital, em 1897, segue seu histórico caminho. Ela é hoje a maior transplantadora hospitalar no país, e, entre suas missões, está o complexo procedimento em fígado e coração.
Por tocar em assunto tão sério, registro que a Newsweek, celebrada revista americana, ressaltou recentemente a relevância do Brasil nesse campo: em 12 especialidades médicas, nosso país comparece também 12 vezes entre os melhores do mundo.
Não se precisaria enfatizar muito a performance do Sistema. Basta lembrar sua atuação durante a pandemia, para realçar sua eficiência em todo o território do país. Não fosse o SUS, a trajetória da enfermidade seria ainda maior, com milhares de novas vítimas.