Manoel HyginoO autor é membro da Academia Mineira de Letras e escreve para o Hoje em Dia

Silenciosa missão

18/08/2025 às 14:54.
Atualizado em 18/08/2025 às 14:54

Os que se dirigem a um hospital moderno e de grande porte esperam encontrar o melhor para sua assistência e para seus familiares. Assim tem de ser, mas não imagina o esforço permanente, a atenção em tudo o que deve desejar para o paciente, da limpeza impecável ao fino trato dos atendentes.

E muito mais, como publicou a revista Science, em sua edição de junho. O título da matéria, extenso, diz muito: “Do prato ao solo: uma abordagem de economia circular na destinação de resíduos alimentares em um hospital de grande porte”. Os autores são cinco, todos com títulos que bem dizem de suas habilitações profissionais: Kátia Fernandes Candea, Vanessa Andrade Ferreira, Guilherme Kennedy Rodrigues de Assis, Edna Pain, Elaine Cristina Sarvel de Castro, Gabriela Carolina Vicente Alves e Bruno da Silva Lima.

A revista especializada sublinhou: “A Santa Casa BH, instituição hospitalar que atende pelo Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte, com capacidade de 1.153 leitos, produz cerca de 10 mil refeições por dia para pacientes, acompanhantes e residentes. Diante desse cenário, ela identificou oportunidades de melhoria em relação à destinação das sobras alimentares limpas, até então encaminhadas para aterros sanitários e classificadas como resíduo comum. Em março de 2024, o hospital implantou o processo de compostagem desses resíduos por meio de uma parceria com empesa que realiza a coleta e a reciclagem das sobras alimentares.

Diferentes métodos de compostagem podem ser utilizados para o tratamento de resíduos orgânicos, sendo a compostagem termofílica uma das mais eficazes. Na Santa Casa BH, adotou-se essa técnica.

Estamos falando, como se vê, de coisa séria e grandiosa. As pessoas não medem seguramente de que se trata. Assim, a iniciativa e a experiência produzem resultados positivos e enormes: além de reduzir a quantidade de resíduos enviados ao aterro, a compostagem também contribui para a diminuição da exploração de recursos naturais.

Outro impacto positivo e significativo da compostagem foi a redução das emissões de gases de efeito estufa. Desde a implementação, a Santa Casa BH conseguiu evitar a emissão de 171,09 toneladas de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) na atmosfera, o que corresponde a 1.200 árvores plantadas.

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