Quem mata mais no Brasil? As rodovias mal conservadas ou simplesmente inservíveis para qualquer tipo de veículos, produzindo altos índices de acidentes, as doenças não tratadas em tempo hábil ou a ação criminosa de crescente grau de especialização e evidentemente os larápios que agem em todos os recantos do território nacional, do campo às cidades menores e às megalópoles?
Nós, porque aqui estamos, enfrentamos estas dificuldades e outras inúmeras e imensuráveis que tornam o cotidiano brasileiro uma prova de sobrevivência perigosa e, tantas vezes, letal. Aqui, até nascer é dificultoso, como dizia Guimarães Rosa. O problema da maternidade é mais grave no Nordeste: a gestante percorre de 57 km a 133 km para chegar a um hospital. A cidade de Belo Horizonte, construída para ser capital moderna, levou 116 anos para ter a sua primeira maternidade e o conseguiu graças ao provedor Hugo Werneck e à Santa Casa. A segunda continua aguardada para oferecer alto nível assistencial e gratuidade, como desejavam os pioneiros da causa, inclusive Hilda Brandão, heroína da obra.
Não tenho agora dados à mão sobre os que perderam a vida após a ditadura, assassinados por grupos criminosos que atuam nas cidades e nos campos, em furtos, roubos, invasões de propriedades particulares, assaltos à mão armada e toda e qualquer forma de tirar a vida, assassinados por grupos criminosos que atuam nas cidades e nos campos, em furtos e roubos, invasões de propriedades particulares, assaltos a mão armada e toda e qualquer forma de tirar a vidas ao cidadão.
Mais: estudo da Secretaria de Saúde de Minas Gerais, em parceria com o Corpo de Bombeiros, relata que 70% dos acidentes em vias públicas ocorrem em áreas urbanas, mas as mais letais são as rodovias, em que a chance de morte é 2,7 % maior. Homens jovens lideram as estatísticas. Estamos trabalhando à suficiência para conter essa mortandade?