Mauro Condé*
E eis que, no meio da maior obra de todos os tempos, o ousado empreendedor se vê em dificuldades, com a perda do seu maior patrocinador, a repentina falta de crédito, de dinheiro e diante de uma greve geral deflagrada por todos os seus colaboradores e fornecedores... Como sair desta sinuca?
Acabo de voltar de uma viagem rumo ao conhecimento, usando como meio de transporte excelentes filmes sobre fatos históricos.
Eles me levaram para a Paris do ano de 1923, onde fui recebido pelo engenheiro Gustave Eiffel, a quem fui logo pedindo:
Ensina-me algo que eu ainda não saiba e tenha o poder de mudar a minha vida para melhor.
- Saiba que a vida é transitória e efêmera... daqui a 100 anos, todos nós estaremos mortos e esquecidos... então procure viver de forma a deixar um legado que possa ser lembrado pelas gerações futuras... transforme algo ordinário em extraordinário e eterno.
Gustave Eiffel é o personagem central da história contada em forma de ficção combinada com extratos de fatos reais no filme “Eiffel” disponível no streaming da Amazon Vídeo.
Ele foi convidado pelo governo francês a participar da elaboração e construção do monumento símbolo da Feira Mundial de Paris em 1889.
Em princípio pensou em algo pequeno e transitório, tipo um hotel ou uma linha de metrô para Paris.
Convenceu o mais rico influenciador da época a se tornar o patrocinador financeiro do seu projeto.
Certo dia, durante um jantar com autoridades para angariar fundos para a feira, Eiffel se assustou ao rever Adrienne, a mulher da sua vida na juventude e descobrir que ela tinha se tornado a esposa do influenciador.
Perturbado pelo reencontro com Adrienne, passou a nutrir uma compulsão amorosa por ela, a ponto de rabiscar a letra A de seu nome em tudo o que era folha em branco, até em guardanapos de restaurantes.
No dia de anunciar seu projeto, para impressionar a sua musa, decidiu construir a maior torre de metal do mundo, com 330 m. de altura e projetá-la na forma da letra A (numa declaração de amor oculta à sua amada).
Desconfiado e enciumado, o marido dela retirou o patrocínio no meio da empreitada e ainda arquitetou uma campanha para arruinar a reputação de Eiffel e deixá-lo sem crédito, sem dinheiro e sem apoio.
Teimoso, Eiffel enfrentou todos os obstáculos e construiu uma torre que se tornou no maior legado e sonho de consumo do mundo.
*Palestrante, Consultor e Fundador do Blog do Maluco.