Beatriz Antibero*
Em época de inflação em alta, os investimentos alternativos vêm se mostrando cada vez mais relevantes, uma vez que os investidores buscam por alternativas que não sejam atrelados à renda variável, como a bolsa de valores. Com a inflação em alta, ela se mostra muito instável e volátil, e o investidor pode não se sentir tão seguro. Já os investimentos alternativos estão ligados diretamente à economia real, e não se enquadram nos moldes do mercado tradicional. Mas afinal o que são esses investimentos?
Apesar de já ser claro para alguns, os investimentos alternativos ainda geram uma certa dúvida. Essa modalidade de investimento inclui os produtos de crédito privado (P2P Lending), fundos de private equity, commodites, infraestrutura, investimento imobiliário e etc. Já se destacando fortemente nos Estados Unidos, esse investimento não se encaixa em uma das categorias convencionais de ativos financeiros, porém vem crescendo exponencialmente no Brasil. Por isso essa modalidade não é facilmente encontrada em bancos ou corretoras tradicionais.
Segundo a pesquisa da Motley Fool, investidores com patrimônio líquido ultra alto são a maioria quando se trata de investimentos alternativos. Entretanto, este tipo de investimento não está limitado apenas aos milionários. É importante dizer que os investimentos alternativos são uma excelente alternativa para escapar um pouco da volatilidade das ações. Qualquer investidor que deseja diversificar um pouco sua carteira tem o direito de realizar um investimento alternativo.
O primeiro passo dentro dessa modalidade é escolher o ativo ou negócio que deseja investir. Diferentemente do mercado tradicional, no qual não se tem o domínio total sobre os ativos investidos. Os fundos imobiliários são um exemplo em que o investidor não possui domínio sobre os imóveis que compõem o portfólio de um fundo. Vale destacar que como os ativos alternativos não têm correlação com o mercado financeiro tradicional, a sua regulação é menor. Como acontece com as criptomoedas, em que a rentabilidade é alta, porém não possui muita fiscalização em cima.
Por outro lado, existem outros ativos financeiros como as commodities (soja, milho, café, ouro, água, vinho e etc), produtos de crédito privado (P2P Lending) e private equity, que oferecem uma rentabilidade menor que os bitcoins, porém com uma volatilidade menor, tornando-se uma opção mais segura ao investidor em momento de instabilidade financeira.
*Co-fundadora da Ulend