O robô humanoide, controlado por um funcionário no solo, replica os gestos humanos nas tarefas de manutenção
(Reprodução)
O novo robô humanoide, projetado para fazer manutenção das linhas, especialmente para trabalhar em altura a cortar ramos ou pintar armações metálicas, foi apresentado pela West Japan Railway. Tem um alcance vertical de 12 metros e pode usar vários acessórios para transportar objetos até 40 quilogramas. Entra agora ao serviço.
Parece saído de um filme de desenhos animados da série Transformers, dos anos 80, mas é real, atual e está ao serviço dos caminhos de ferro japoneses.
Depois de dois anos de testes, a empresa West Japan Railway (JR West) apresentou um robô montado num camião que vai operar na área de manutenção e inspeção das linhas, já a partir deste mês de julho.
O dispositivo tem dois braços que podem transportar objetos com peso de até 40 quilos e um alcance de até 12 metros, o que lhe permite substituir peças em altura, pintar estruturas e aparar ramos de árvores que estejam a impedir a circulação dos comboios.
Porém, o engenho não opera sozinho. É controlado remotamente por um técnico que está no solo e que usa óculos com ligação às câmaras instaladas na "cabeça" do robô, no lugar dos olhos, semelhantes aos do Wall-E (filme da Disney/PIXAR). Quando o trabalhador vira a cabeça, o robô faz o mesmo. Também há som captado pelo aparelho que chega ao operador, para este ter maior proximidade do trabalho a executar.
O peso dos objetos levantados pode ser sentido através de alavancas de controlo. Estes "membros" podem ser equipados com garras, lâminas ou pincéis e apresentar sensibilidades diferentes que vão do uso de uma motosserra ou pintar sinais nas barras metalicas das linhas.
“O operador dirige o robô a partir da cabine, próximo do solo, para que ele possa trabalhar com segurança em tarefas no ar”, disse o presidente da JR West, Kazuaki Hasegawa, durante uma conferência de imprensa.
A JR West desenvolveu a máquina com uma startup de robótica local e sublinha que as novas tecnologias podem ser usadas para combater a escassez de mão-de-obra numa sociedade japonesa envelhecida e melhorar a segurança no trabalho, protejendo os funcionários de quedas ou choques elétricos.
Kazuaki argumenta que “o aumento do uso de robôs é importante para enfrentar os desafios do trabalho de manutenção e garantir operações ferroviárias estáveis e sustentáveis”.
A empresa japonesa acrescenta que este aparelho pode reduzir as horas de trabalho de manutenção em cerca de 30 por cento. Estima ainda melhorar a segurança das tarefas quando é necessário operar em ambientes perigosos no meio cabos elétricos.
* Com informações da RTP Notícias