Interação com os leitores n.14

1- Como podemos sensibilizar o outro para a mudança?
Diz o ditado: “não adianta ajudar quem não que ser ajudado”. Mas, mesmo sabendo disso, queremos empenhar esforços em prol de quem não tem interesse pela ajuda. Certa vez, alguém me confidenciou que já estava cansada de ajudar a irmã que nunca se demonstrava satisfeita e ainda solicitava mais. Há pessoas assim, um verdadeiro saco sem fundo, se queixam muito. Mas não estão dispostas a se dedicarem tanto. Mesmo quando alguém nos solicita ajuda, devemos estar atentos à conduta dessa pessoa. Para ser verdadeiro, é preciso que o discurso esteja alinhado com a ação. Caso contrário, a ação definirá a verdade, ainda que a afirmação seja contrária. 

2- Não lido bem com meus erros. Fico ruminando por dias. O que fazer?
Tente usar a resiliência para transformar experiências negativas em aprendizado. Use sua energia para se adaptar e a criatividade para encontrar soluções alternativas. O filósofo Jean Paul Sartre nos traz uma boa reflexão: “o que você fez com o que te fizeram?”. Uns sucumbem ao erro, enquanto outros, se fortalecem. O segundo caminho é o melhor. 

3- Sou pessimista e isso me atrapalha muito. Como faço para pensar coisas boas?
Os pensamentos são ondas que podem nos conectar a algo bom ou ruim. Os pensamentos veem de forma aleatória e tendemos a volta-los, com mais intensidade, para emoções negativas como preocupação, raiva, ansiedade. Cabe a nós, alterarmos a sintonia do pensamento. Uma boa comparação é um rádio: se a estação conectada não estiver tocando uma música agradável, temos sempre a opção de mudar a estação. O pensamento negativo é como uma fogueira, se você estaciona nele, está colocando lenha. Se faz esforço para mudar, está jogando água. A mente funciona como o corpo; quanto mais treinada, mais forte.

4- Como saber se tenho fobia social?
Consideramos um indivíduo fóbico quando o mesmo tem postura evitativa em praticamente todas as situações que exijam exposição social, como festas, restaurantes, eventos e até lazer. O desconforto está presente em atividades rotineiras como entrar em lojas, ir a shopping center, supermercado ou andar na rua. O sofrimento provoca constantes pensamentos catastróficos onde vislumbra situações ameaçadoras ou negativas. O estresse é tão grande que chega a ponto de se manifestar fisicamente com taquicardia, sudorese, tremor, respiração ofegante. Uma espécie de estado de alerta pela iminência de algo grave. Devido a todo esse sofrimento, muitos acabam se isolam e vivendo uma vida com limitações. Fobia tem cura, busque ajuda profissional.

5- Como lidar com familiar inconveniente?
Aceitar as condições nas quais não temos controle é uma grande sabedoria. Isso inclui tudo: desde família até coisas da vida que geram frustração. Lembrando que aceitar não significa concordar, e sim entender que não conseguimos mudar as coisas e muito menos o outro.

6- Como esquecer o erro do outro para conseguir perdoar?
Perdoar não é esquecer e sim conseguir transformar aquilo que nos magoou numa memória "fria", desprovida de sentimentos.