Vivemos numa sociedade onde a conquista é sinônimo de sucesso. Com isso, estamos sempre correndo atrás de alguma coisa: um melhor salário, uma promoção, um carro novo, uma casa, uma parceria afetiva, um lugar ao sol.
Somos estimulados a acreditar que quando acontecer algo, nossa vida irá mudar. Creditamos no “quando” nossa felicidade. Quando eu tiver dinheiro, quando eu tiver amigos, quando eu for casado, quando eu for magro, quando tiver filhos, quando acontecer o que eu desejo, finalmente serei feliz.
A questão é que associar a felicidade à grandes eventos pode ser um equívoco. A prova disso foi um famoso estudo feito em 1978 divulgado pelo Jornal of Personality and Social Psychology onde comparou os níveis de felicidade de pessoas comuns com os de ganhadores na loteria no ano anterior. A conclusão foi surpreendente. Os pesquisadores descobriram que os níveis eram praticamente idênticos. A felicidade ocorria num primeiro momento de forma intensa, porém não tinha durabilidade. É como se tivesse um prazo de validade para acabar.
A felicidade considerada duradoura está associada à sensação de bem-estar, que tem a ver com as questões internas como auto confiança, serenidade, sensação de dever cumprido, sentimento de paz interior e outros.
Pessoas felizes cultivam hábitos que as mantém felizes todos os dias, como por exemplo:
1- Atitudes construtivas: ter disciplina para atingir os objetivos, cuidar da saúde do corpo e da mente, abandonar vícios (tanto os físicos quanto emocionais), saber se posicionar em situações delicadas, vencer a preguiça, aprender a dizer “não”, conseguir se afastar de pessoas tóxicas, etc.
2- Amor próprio: amar a si inclui respeitar os próprios limites, não se violentar, não se vitimizar, nem insultar a si mesmo, muito menos se boicotar. Vale ressaltar que amor próprio é diferente de narcisismo e egoísmo, tem a ver com respeito a si, e não com uma auto valorização descabida.
3- Descanso necessário: O número de horas de sono ideal para reparar as energias gastas em vigília costuma ser em média de seis a oito horas por dia. Pessoas que não dormem o suficiente sentem falta de energia para as tarefas diárias, ficam deprimidas, irritadiças, perdem a concentração, apresentam maior frequência de doenças infecciosas e envelhecem mais rapidamente. O cansaço é inimigo da felicidade.
4- Pensamento positivo: os otimistas sempre pensam que as coisas boas superam as ruins. São dotados de positividade alicerçado em fortes valores internos. Conseguem ver a oportunidade na dificuldade. São positivos e confiantes no futuro, mesmo quando inseridos num cenário desfavorável.
5- Avanços emocionais: evoluir emocionalmente significa dominar aquilo que o domina. Ser mais tolerante, mais pacifico, se aborrecer menos com as diferenças, aumentar a autônoma emocional, ter maior autoestima. Avanços dessa natureza promovem intensa satisfação pessoal.
E você, está em dia com a sua felicidade?