Simone DemolinariPsicanalista com Mestrado e dissertação em Anomalias Comportamentais, apresentadora na 102,9 e 98 FM

Para fazer um ano diferente é preciso se autoconhecer

Publicado em 02/01/2025 às 06:00.

"Ano novo, vida nova" nem sempre é o que ocorre. Aliás, a tendência é acontecer para frente o que já vem acontecendo para trás, isso porque dentro de nós existe um padrão comportamental que se repete num processo inconsciente ou consciente num piloto automático de repetição. 

Quebrar a conduta repetida por anos requer mais que força de vontade ou promessa, é preciso se autoconhecer. Alguns questionamentos são chaves que nos ajudam a sair desse labirinto de dúvidas: por que sei o que é certo e faço o errado? Gosto de sofrer? Não me acho merecedor? Não suporto a felicidade? Deveríamos saber responder todas, afinal são perguntas sobre nós mesmos e não conseguir respondê-las significa que estamos nos conhecendo pouco. 

O processo de autoconhecimento é uma jornada que requer tempo, dedicação e um mergulho honesto dentro de nós. Apesar de um longo caminho, algumas perguntas podem ajudar a iniciar essa caminhada. 

Aos que têm interesse em se entender melhor elaborei algumas perguntas:

Fazendo o quê você é mais feliz?
O que te envergonha em você?
Qual a atividade que você executa bem sem fazer esforço?
O que te distrai e te traz leveza?
O que você admira em você?
Onde você acha que seus pais foram omissos com você?
Te chamar de qual adjetivo te deixa irritado? 
Você se sente injustiçado quando?
Se você pudesse dar um único conselho para um indivíduo de 45 anos que nunca casou, qual seria?
O que você mudaria no seu comportamento?
Se você tivesse a chance de voltar ao tempo, o que você não faria? 
Se você pudesse dar ao seu filho um único conselho, qual seria?
Voce trilharia o mesmo caminho do seu pai (se for homem) ou da sua mãe (se for mulher)? Por quê?
Se sua expectativa de vida fosse de mais 5 anos, como você viveria?
Quem te causa incômodo? Por quê? 
O que impede você de fazer aquilo que realmente quer?
Como você se descreve? 
O que você fala sobre você é realmente verdade ou esse descrição é tudo que você gostaria de ser? 
De imediato, você gastaria R$ 500 com o quê? 
O que você mudaria em você?
O que você não gosta, mas as pessoas sempre fazem com você? 
Qual a mentira que você mais conta? 
Qual é a memória mais feliz da infância? Por que ela é tão especial?
Você mais aprende com seus erros ou mais reincide neles?
O que você prefere, cuidar ou ser cuidado? Por quê?

As perguntas, apesar de simples, promovem profunda reflexão e a partir do nosso autoconhecimento conseguimos maior felicidade e equilíbrio emocional. Citando o filósofo Arthur Schopenhauer: “A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças do que nos nossos bolsos”. 

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