Uma boa autoestima ocorre quando nos sentimos satisfeitos com nossas condutas e quando vivemos de acordo com nosso código interno de valores em todos os cenários da vida: trabalho, família, amigos e amor.
Uma autoestima alta não tem a ver com bens materiais, status ou beleza – isso está relacionado com a vaidade, ou seja, é algo “para fora”. Já a autoestima é “para dentro”, algo que ocorre no silêncio da minha intimidade e sem máscaras.
Para adquirir uma boa autoestima não existe receita pronta, contudo, um bom começo pode ser eliminar as atitudes que sabotam o amor próprio, tais como:
1) Procrastinação: este é um dos hábitos mais nocivos para a autoestima, pois demonstra a falta de domínio sobre si. Quem é desorganizado e empurra tudo para ultima hora, no fundo, não fica satisfeito com essa conduta, e acaba tendo de si um péssimo juízo de valor. Se sente meio preguiçoso e irresponsável, mesmo que no final a tarefa seja concluída.
2) Não tentar por medo de errar: escolher a nulidade ao erro é jogar contra à autoestima. Quem tenta, mesmo não acertando, sente-se melhor do que aquele que, por medo, recua covardemente.
3) Vitimismo: convém diferencia que vítima é aquela cuja fraqueza foi explorada; vitimista é aquela que, para justificar sua infelicidade, estagna no sofrimento e na reclamação. Pessoas de autoestima boa, podem até ser vítimas, contudo, jamais se tornarão vitimistas. Viram o jogo e são mestres em “transformar o limão em limonada”. Assumir o papel de vitimista, pode ser vantajoso num primeiro momento, pois comove as pessoas para ajuda-lo, mas em termos de autoestima, não contribui em nada, aliás, só piora.
4) Autodepreciação: “nasci para sofrer”; “se tem algo que vai dar errado, pode saber que será comigo”, “tinha que ser comigo”. Frases desse teor deveriam ser evitadas, pois jogam a autoestima para baixo; fecha a sentença de fracasso; tem tom de vitimismo e não traz nenhum conteúdo útil para quem ouve.
5) Consumismo: a expressão “todo excesso esconde uma falta” tem sua razão de ser. O consumir exageradamente pode revelar uma tentativa de obter prazer para compensar um aspecto da vida que não vai bem. Porém, este prazer é efêmero e logo vem a necessidade de consumir mais. Um buraco sem fundo que só traz frustração e revela o descontrole sobre si mesmo. Uma combinação fatal para autoestima.
6) Medo da rejeição: uma coisa é querer causar uma boa impressão através de boas condutas, outra coisa é, por insegurança, assumir o papel de “bonzinho”, ter medo de desagradar, ter dificuldade de falar “não” e passar por cima de si para poupar o outro. Viver dessa maneira é invalidar a própria essência para desempenhar um papel. Algo muito prejudicial. Nada melhor para autoestima do que ser verdadeiro consigo e com o outro. Disse Shakespeare em Hamlet: “Seja fiel a si mesmo e jamais precisará ser falso com ninguém”