Tio FlávioPalestrante, professor e criador do movimento voluntário Tio Flávio Cultural.

Vivendo mais

01/10/2020 às 18:47.
Atualizado em 27/10/2021 às 04:41

A longevidade é uma realidade para nós brasileiros, já que a expectativa de vida, inclusive no Brasil, é crescente e estima-se que em três décadas seremos um país tão envelhecido quanto o Japão, que a população vive em média 84,1 anos. 

Devemos entender que cada um de nós, em qualquer etapa da vida, estamos numa fase do nosso envelhecimento e ter a consciência disso nos ajuda a pensar em melhores práticas para as vertentes física, mental, social e espiritual, pois, como dizia Cícero, filósofo nascido em 106 a.C., “as melhores armas para a velhice são o conhecimento e a prática das virtudes”. 

O dr. Alexandre Kalache, médico e referência em longevidade, afirmou em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo que “nos países desenvolvidos, onde a revolução já ocorreu, houve enriquecimento antes do envelhecimento. Já no Brasil, a população está envelhecendo em condições de pobreza, o que transforma a velhice em fardo”. 

Por esse e outros motivos evidentes é que devemos buscar políticas públicas voltadas para a melhor qualidade de vida das pessoas, contribuindo para um envelhecimento mais saudável. E isso envolve fatores que atingem a toda a população: melhoria do sistema de saúde, adequação dos espaços públicos para que sirva à comunidade e não apenas para uma parte dela, saneamento básico, coleta de lixo, atividades educacionais, esportivas e culturais. 

Além disso, ter um olhar direcionado àqueles que já vivem acima dos 60 anos, que no Brasil é a idade a partir da qual se considera um indivíduo idoso.

Também é necessário o apoio a iniciativas existentes, e o estímulo a novas, que atuam com a longevidade. Em Minas Gerais temos a alegria de ter instituições e movimentos que atuam efetivamente na busca de um envelhecimento saudável, ativo e virtuoso, como o Feito Vó, Motivato, Universidade nima, CeMais, Entre os Nós, Lab 60+, Meninas de Sinhá, Casa do Beco, Rede Sênior, Sou 60, CDM, Instituto Há Ha Há, Rádio CDL FM, Rede Longevidade, ILPIs e grupos de convivência de idosos, CDL 60+, que representam tantos outros que não conseguiria elencar aqui.

Em primeiro de outubro comemoramos o Dia Nacional e Internacional da pessoa idosa, que nos suscita diversas reflexões, convida a lutas, mas é, também, motivo de várias comemorações, como a 2ª edição do Prêmio Pró-Longevidade, que tem o objetivo de reconhecer boas práticas no campo da longevidade e potencializar a causa na sociedade. Os finalistas, selecionados pela comissão julgadora, estão agora na etapa da votação popular que vai até o dia 6/10, terça-feira. Concorrem três finalistas na categoria pessoa jurídica e três na pessoa física, com atuações voltadas para a promoção de saúde, socialização, educação, lazer, cultura, trabalho, entre outros temas. 

O programa CDL 60+ é um dos finalistas da categoria “pessoa jurídica”. Para o presidente em exercício da CDL/BH, José Angelo de Melo, “o objetivo do Programa CDL 60+ é transformar Belo Horizonte na capital referência em acolhimento à pessoa com mais de 60 anos, com a geração de trabalho, renda e estímulo à economia prateada”, explica. 

Para votar, basta acessar o link https://redelongevidade.org.br/premio/

  

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