Cristiano CaporezzoAtua, hoje, como Deputado Estadual pelo PL/MG. Cristão, é Policial Militar, Advogado e Escritor.

Anistia e a hipocrisia esquerdista

Publicado em 01/10/2025 às 06:00.

Quando vejo a histeria da esquerda diante da proposta de anistia para os brasileiros que “ousaram” protestar contra abusos de poder, lembro-me de uma máxima que recorrentemente utilizo: “ou a memória da esquerda é seletiva, ou é simplesmente mentirosa. Mas é, com certeza, cínica”. Hoje, volto a esse tema porque o Congresso tem, diante de si, a chance de corrigir uma injustiça histórica.

Em 1979, nomes conhecidos da música popular brasileira, como Gilberto Gil e Chico Buarque subiram ao palco de um festival intitulado “Pela anistia ampla, geral e irrestrita”. Também fundaram o Comitê Brasileiro pela Anistia. Foram atendidos. Muitos que participaram de ações armadas foram perdoados — e não só isso: alguns se tornaram ministros, deputados, senadores e presidentes. O Brasil virou a página, como pediam. Agora, querem negar esse mesmo perdão a quaisquer cidadãos que marcharam por liberdade.

A palavra “anistia” deveria ser símbolo de reconciliação nacional. Mas, para a esquerda, ela só vale quando os perdoados são seus próprios militantes — mesmo que esses tenham empunhado armas contra o Estado brasileiro, sequestrado diplomatas, explodido cofres em bancos e jogado bombas em locais públicos durante o regime militar. Sim, para terroristas, anistia. Para o cidadão comum que nunca desejou uma ditadura de qualquer tipo, mas apenas um Brasil sem o PT, cadeia com penas maiores do que aquelas aplicadas para membros do crime organizado.

Não estamos pedindo que passem a mão na cabeça de ninguém. Exigimos que os mesmos critérios usados no passado, para perdoar aqueles que queriam implantar uma ditadura do proletariado (comunista), praticando terrorismo, guerrilha e várias formas de crimes violentos, sejam usados para proteger quem defender quem praticou dano ao patrimônio público com o propósito de se opor a instituições que não mais cumpririam o seu papel republicano e constitucional. 

Charlie Kirk resumiu bem esse absurdo: “a esquerda não quer justiça, quer vingança”. E é o que estamos vendo. O STF tem o dever constitucional de defender a correta aplicação da Carta Magna. Quando fundamentos básicos do Estado Democrático de Direito são atacados por Alexandre de Moraes ao condenar centenas de réus primários sem individualizar as suas condutas, dentro de um contexto de violação ao princípio do juiz natural (figurando como julgador e vítima do seu próprio processo), e destruindo a pedra angular de qualquer democracia, que é a liberdade de expressão, é evidente que todo o Brasil vive sob um regime político aristocrático/judicial. Aqueles que transformam suas instituições em um verdadeiro lupanar são os que mais dizem lutar pelo resgate do respeito republicano.

Prisões preventivas que duram mais do que penas definitivas se tornaram regra. E para se ter ideia, há 61 inquéritos, petições e ações penais contra deputados federais no país, dentre os quais, 70%, são expressamente sobre "manifestação de opinião". Mais de 60% deles estão nas mãos de apenas um ministro (e vejam que curioso: não preciso dizer o nome para saberem de quem se trata). Em suma, a esquerda grita por democracia, enquanto a pisoteia com os dois pés.

Nojo e aversão à democracia de fachada! ANISTIA JÁ!

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