A aliança de grupos opositores do Egito, a Frente de Salvação Nacional, ,informou nesta terça-feira (18) que se prepara para grandes manifestações em todo o país em protesto contra a nova Constituição - que tem forte influência islâmica - condenar as irregularidades que, afirmam, ocorreram durante a primeira parte do referendo constitucional.
Os protestos desta terça-feira acontecerão no dia seguinte a novos desdobramentos no conflito entre o presidente islamita Mohammed Morsi e o Judiciário.
Na segunda-feira, o mais prestigiado tribunal do Egito, a Corte Constitucional Suprema, condenou um importante auxiliar de Morsi, que distribuiu um comunicado identificando o órgão do judiciário como uma força "antirrevolucionária". O tribunal disse que "a divulgação de informações falsas" é passível de punição pela lei.
Outro braço do Judiciário anunciou seu boicote à segunda etapa do referendo, marcada para o próximo sábado, ao mesmo tempo em que o promotor-geral indicado por Morsi apresentou sua renúncia.
Mais de duas semanas de protestos, manifestações e confrontos têm sacudido o país e dividido o Egito em dois grupos: um deles composto por Morsi e os islamitas da Irmandade Muçulmana e o outro formado por cristãos, liberais, seculares e ativistas de esquerda.
As manifestações desta terça-feira devem acontecer do lado de fora do palácio presidencial e na praça Tahrir, centro da revolução que derrubou os ex-presidente Hosni Mubarak, no ano passado. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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