A Coalizão Nacional da Síria, reconhecida pelos Estados Unidos e mais de 100 países como representante legítima do povo sírio, pediu nesta quarta-feira (12) a Washington que reconsidere a decisão de colocar na lista negra do terrorismo a organização armada Jabhat Al-Nusra (Frente para a Vitória). A Al-Nusra foi colocada na lista negra do terror na noite de segunda-feira pela secretária de Estado, Hillary Clinton.
"A decisão de classificar um dos grupos que lutam contra o regime (de Bashar Assad) como uma organização terrorista precisa ser reexaminada", disse Ahmed Moaz al-Khatib, líder da Coalizão, durante reunião do grupo Amigos da Síria no Marrocos, que contou com a presença de Washington.
Já o subsecretário de Estado americano, William Burns, que foi a Marrakesh participar da conferência, convidou Al-Khatib a visitar Washington em breve. "Nós convidamos Moaz al-Khatib e a liderança da coalizão a visitar Washington o mais cedo possível", disse Burns. O presidente dos EUA, Barack Obama, reconheceu na noite de ontem a coalizão opositora síria como legítima representante do povo sírio.
Al-Khatib discursou na conferência em Marrakesh e pediu aos alauitas sírios que desobedeçam ao clã Assad e se juntem à revolta. Os alauitas, seita dissidente do Islã xiita e da qual faz parte o presidente, representam 12% dos 23 milhões de habitantes da Síria. Al-Khatib também afirmou que, se Assad usar armas químicas contra os insurgentes sírios, o Irã e a Rússia poderão ser responsabilizados pela comunidade internacional.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
http://www.estadao.com.br