Duas organizações de defesa dos direitos humanos pediram nesta terça-feira (22) aos Estados Unidos e a outros países que parem de vender armamentos à Arábia Saudita, acusada de matar centenas de civis na guerra com o Iêmen.
A Anistia Internacional (AI) e a Human Rights Watch (HRW) destacaram sobretudo países como os Estados Unidos, o Reino Unido e a França, a quem pediu para acabar com a venda de armas ao país, que lidera a coligação de maioria árabe sunita que iniciou em março de 2015 ataques aéreos contra posições de rebeldes apoiados pelo Irã.
Na semana passada, um diretor da Organização para a Defesa dos Direitos Humanos das Nações Unidas afirmou que mais de 3 mil civis foram mortos em 2015, a maioria dos casos na sequência de ataques aéreos da coligação.
"Os parceiros internacionais da Arábia Saudita têm alimentado o conflito, inundando a região com armas", afirmou hoje o diretor regional adjunto da Anistia Internacional, James Lynch. A Human Rights Watch defende a mesma posição.
"Ao continuar a vender armas a um país conhecido como violador e que pouco tem feito para pôr fim aos abusos, os Estados Unidos, o Reino Unido e a França arriscam-se a ser cúmplices da morte de civis", destacou o diretor adjunto da HRW, Philippe Bolopian.
Segundo o Instituto de Investigação Internacional para a Paz de Estocolmo, a Arábia Saudita é o segundo maior importador de armas, tendo os Estados Unidos e o Reino Unido como principais fornecedores.