Os avanços tecnológicos obtidos em terras mineiras

Hoje em Dia
16/01/2014 às 06:30.
Atualizado em 20/11/2021 às 15:22

Começa a aparecer nesta semana, em Belo Horizonte, com a inauguração de uma fábrica piloto de painéis solares orgânicos, o resultado de uma ideia surgida há oito anos dentro da Fir Capital Partners – Gestão de Investimentos S.A., uma empresa mineira criada por Guilherme Caldas Emrich.

Além de engenheiro, Emrich possui diversos cursos de pós-graduação em administração de empresas nos Estados Unidos e na Europa. É fundador da Biobrás, da Fir e da Biomm Technology, sempre associado a outros empreendedores.

Por meio da Biomm, a Fir participa do projeto de produção de insulina em Nova Lima. Os outros sócios são o BDMG, a Fiocruz e a empresa ucraniana Indar. Esse projeto, anunciado em abril último, durante visita da presidente Dilma Rousseff a Minas, prevê investimentos de R$ 330 milhões.

No mês passado, o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais oficializou sua participação no capital da Biomm, mediante a BDMGTec Participação S/A, com aporte de R$ 20 milhões. O presidente do banco controlado pelo governo de Minas, Matheus Cotta de Carvalho, confirmou o compromisso de atrair grandes investimentos para o Estado, “especialmente nas inversões que representam a nova economia”.

A Biomm foi criada pelos sócios fundadores da Biobrás que, ao venderem a fábrica de insulina de Montes Claros, em 2001, para a dinamarquesa Novo Nordisk – uma das três empresas que fabricam esse produto no mundo, atualmente –, conservaram as patentes obtidas a partir de meados da década de 1970, com vistas a uma futura retomada de produção de insulina no Brasil.

Hoje, o Ministério da Saúde e outros consumidores brasileiros de insulina dependem da importação. A fábrica de Nova Lima é considerada estratégica pelo governo Dilma. Mas, para ter sucesso, terá que vencer o forte oligopólio internacional que tem grande capacidade de influenciar no resultado das licitações – o que, no passado, acabou resultando na venda da Biobrás, por incapacidade de competir com as multinacionais.

Ao se associar ao Centre Suice d’Electronique et Microtechnique (CSEM) para fundar, em 2006, em Belo Horizonte, a CSEM Brasil, com vistas à produção de painéis solares orgânicos, a Fir sabia que estava investindo mais uma vez numa área que seria muito disputada por grandes empresas internacionais.

Mas não se intimidou. Do mesmo modo, o BDMG, ao decidir se associar ao BNDES, IBM, EBX e outras duas empresas, no projeto de construção, em Ribeirão das Neves, da fábrica da Six Semicondutores, para produzir chips. Uma ideia que chegou a ser ameaçada quando o grupo de Eike Batista, dono de 33% do capital da Six, entrou em crise. Mas, nesta semana, se anunciou a venda da participação da EBX para um grande grupo argentino.

Num mundo cada vez mais globalizado, o sucesso de um negócio depende de boas parcerias.
 

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