(Fifa/Divulgação)
A Seleção Brasileira faz neste domingo (17 de junho), contra a Suíça, às 15h (de Brasília), em Rostov-on-Don, sua 21ª estreia em Copas do Mundo da Rússia. Uma nova história estará sendo escrita, e o que a torcida espera é que seja a arrancada para o hexa.
Confira abaixo curiosidades das outras 20 estreias da Seleção Brasileira em Copas do Mundo, desde 1930, no Uruguai, quando perdeu de 2 a 1 para a Iugoslávia, até 2014, quando fez 3 a 1, de virada, na Croácia, que foi criada após a divisão da Iugoslávia. Este jogo foi na Arena Corinthians, em São Paulo.
1930
O atacante Preguinho, do Fluminense, autor do primeiro gol do Brasil em Copas, na derrota de 2 a 1 para a Iugoslávia, na estreia do Mundial do Uruguai, era filho do escritor Coelho Netto, que contava um caso aos amigos mostrando a força que o futebol já tinha naqueles tempos no país. Ele dizia que após a Copa de 1930, caminhava por uma rua do Rio de Janeiro, quando um grupo de garotos, que disputava uma pelada, interrompeu a partida quando um deles gritou: "Espera o pai do Preguinho passar". Coelho Netto dizia que apesar das dezenas de livros escritos por ele, tinha virado simplesmente o "Pai do Preguinho".
1934
O goleiro do time brasileiro na derrota de 3 a 1 para a Espanha, na única partida da Seleção na Copa do Mundo de 1934, na Itália, era Pedrosa, que depois virou árbitro, presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF) e entrou definitivamente para a história do futebol ao dar nome ao Torneio Rio-São Paulo, que depois virou a Taça de Prata, aberta há outros estados em 1967. Ele era Roberto Gomes Pedrosa, o Robertão.
1938
O atacante Leônidas da Silva, o Diamante Negro, já deixou claro logo na primeira partida, diante da Polônia, que brilharia naquela Copa, em que foi artilheiro com 7 gols. Ele fez o único hat-trick da história da Seleção numa partida de estreia, marcando três vezes nos 6 a 5 sobre a Polônia, partida que foi inclusive para a prorrogação, pois toda a competição já era disputada no sistema de mata-mata. O último deles, na prorrogação, foi descalço, o que é proibido pelas regras do futebol. Em entrevista à TV Cultura, nos anos 1970, ele confirmou que sua chuteira rasgou. Como chovia muito e o Brasil naquela época usava meias pretas, ele arrancou o calçado e ficou descalço, completando para o gol o rebote de uma cobrança de falta que acertou a barreira.
1950
O Maracanã recebeu a goleada brasileira sobre o México ainda inacabado. No dia da partida, ainda havia material usado na obra por todos os lados e muita lama no entrono do estádio. Foi a primeira partida oficial do Maracanã, pois a inauguração tinha acontecido uma semana antes num amistoso entre as seleções do Rio de Janeiro e São Paulo.
1954
O Brasil alcança sua maior goleada numa estreia de Copa do Mundo aplicando 5 a 0 sobre o México, em Genebra, na Suíça. Didi, uma marca da equipe bicampeão mundial em 1958 e 1962, disputa sua primeira partida num Mundial e faz seu primeiro gol. Pinga balança a rede mexicana duas vezes, mas o grande nome daquele jogo foi o ponta direita Julinho Botelho, da Portuguesa, que encantou a imprensa internacional com a sua habilidade e facilidade para driblar os marcadores. Além disso, ele ainda fez um golaço.Arquivo/Hoje em Dia
Em 1954, na Suíça a Seleção Brasileira aplicou sua maior goleada numa estreia fazendo 5 a 0 no México, em Genebra
1958
O Brasil inicia a sua caminhada do primeiro título mundial sem Pelé, machucado e substituído por Dida, também sem totais condições, mas protegido por uma bota de esparadrapo, e Garrincha, que era reserva de Joel, do Flamengo, no início da caminhada brasileira na Suécia.
1962
A partida de estreia no Chile foi a única de Pelé inteiro na campanha do bicampeonato. Pela terceira vez em quatro Copas, o Brasil iniciava sua caminhada encarando o México. E venceu por 2 a 0, gols de Zagallo e Pelé. No jogo seguinte, contra a Tchecoslováquia, que terminou 0 a 0, antes ainda dos 30 minutos, Pelé sofreu uma lesão muscular, fez número atuando na ponta o restante do jogo, pois as substituições não eram ainda permitidas, e não jogou mais naquele Mundial, sendo substituído pelo então garoto Amarildo.
1966
Na vitória por 2 a 0 sobre a Bulgária, Pelé e Garrincha jogaram juntos pela última vez na Seleção Brasileira. E foram deles os gols daquela partida, ambos em cobranças de faltas. No total, eles atuaram juntos em 40 jogos com a camisa amarela. Foram 35 vitórias brasileiras e cinco empates. Nos jogos seguintes, Pelé, machucado, não participou da derrota de 3 a 1 para a Hungria, e nos 3 a 1 para Portugal, que decretaram a última eliminação do Brasil na primeira fase, Garrincha foi sacado para a entrada de Jairizinho.Arquivo/Hoje em Dia
Em 1966, na Copa da Inglaterra, nos 2 a 0 sobre a Bulgária a Seleção Brasileira teve pela última vez Pelé e Garrincha juntos
1970
A goleada de 4 a 1, de virada, sobre a Tchecoslováquia, no Estádio Jalisco, em Guadalajara, foi a primeira partida da Seleção em Copas do Mundo transmitida ao vivo para o Brasil pela televisão.
1974
Com a conquista do tri, no México, Zagallo foi mantido no comando da Seleção para o Mundial seguinte, na Alemanha. Mas a sua equipe, ao contrário do que tinha feito quatro anos antes, não encantou. Muito pelo contrário, apresentou um futebol feio e extremamente defensivo. E logo na estreia ficou claro que isso seria uma marca daquele Brasil, que pela primeira vez empatou sua primeira partida num Mundial e alcançou o único 0 a 0 até hoje.
1978
Em 3 de junho, em Mar del Plata, o Brasil encarava a Suécia, pelo Grupo 3. Aos 45 minutos do segundo tempo, Nelinho cobrou um escanteio pelo lado direito do ataque brasileiro e Zico cabeceou a bola para o gol sueco. Seria o 2 a 1, mas o árbitro gaulês Clive Thomas anulou o lance, argumentando que tinha apitado o final da partida enquanto a bola estava no ar, antes da conclusão do camisa 8 da Seleção. Resultado: 1 a 1 e árbitro suspenso.
1982
A maior Seleção Brasileira montada após a conquista do tri, no México, iniciou sua caminhada na Espanha sem uma grande atuação. Bal abriu o placar no primeiro tempo num frangaço de Valdir Peres. E a União Soviética ainda teve dois pênaltis claros, ambos cometidos por Luizinho, que não foram marcados pelo árbitro espanhol Lamo Castillo. No final do jogo, dois golaços de Sócrates e Éder garantiram a virada.
1986
Em 1º de junho, na partida de estreia do Brasil na Copa do México contra a Espanha, antes de a bola rolar a organização errou e tocou o Hino à Bandeira, não o Hino Nacional Brasileiro. Em campo, o árbitro Christopher Bambridge, da Austrália, ajudou demais. Anulou um gol legítimo do meia Michel (a bola bateu no travessão de Carlos e quicou depois da linha) e validou um gol irregular da Seleção, pois Sócrates, em posição de impedimento, escorou de cabeça o rebote de um chute de Careca na trave.
1990
Após a estreia da Seleção, em que marcou os dois gols da vitória brasileira por 2 a 1 sobre a Suécia, o atacante Careca, que atravessava grande fase no Napoli, da Itália, onde formava dupla com Maradona, garantiu que seria o artilheiro do Mundial, mas ele não balançou mais as redes na competição. Na fase de grupos, os gols nas vitórias por 1 a 0 sobre Costa Rica e Escócia foram de Müller. Nas oitavas, o Brasil caiu diante da Argentina, perdendo por 1 a 0.
1994
País sede em 2018, a primeira Copa disputada pela Rússia, após a dissolução da União Soviética, em 1991, foi a dos Estados Unidos, em 1994. E o primeiro jogo da equipe em Mundiais foi justamente contra o Brasil, pela primeira rodada do Grupo B. Com gols de Romário e Raí, de pênalti, a Seleção venceu por 2 a 0.AFP
Logo no início da caminhada da Copa de 1994, nos Estados Unidos, Romário já mostrou, contra a Rússia, que faria a diferença para a Seleção Brasileira na conquista do tetra
1998
O único gol contra a favor da Seleção em estreias de Copas acontece nessa partida, que abriu o Mundial da França, no moderno Stade de France, em Saint-Denis, na periferia de Paris. O jogo estava duro, empate por 1 a 1, quando aos 28 minutos do segundo tempo o zagueiro Boyd marcou contra a própria rede e decretou a vitória brasileira.
2002
Mais uma vez a Seleção foi ajudada pela arbitragem numa estreia de Copa do Mundo. O gol da vitória, marcado por Rivaldo, de pênalti, saiu de uma falta cometida fora da área sobre o atacante Luizão, que tinha entrado no lugar de Ronaldo. Depois, o árbitro sul-coreano Kim Younj Joo expulsou de forma equivocada o volante Unsal por causa de uma simulação de Rivaldo, que depois foi inclusive punido pela comissão disciplinar da Fifa.
2006
Na vitória por 1 a 0 sobre a Croácia, no Estádio Olímpico de Berlim, o meia Kaká, um dos cinco brasileiros que já foram eleitos Melhor Jogador do Mundo pela Fifa, marca seu único gol em Copas. Ele participou de três edições, sendo reserva em 2002 e titular em 2006 e 2010, sendo que na Alemanha integrava o chamado "Quadrado Mágico", que contava ainda com Ronaldinho Gaúcho, Ronaldo e Adriano.AFP
Na vitória por 1 a 0 sobre a Croácia, na estreia da Copa do Mundo de 2006, na Alemanha, o meia Kaká marcou seu único gol em Mundiais
2010
O Brasil estreia com vitória apertada por 2 a 1 sobre a fraca Coreia do Sul e nesta partida, Juan e Lúcio alcançam uma marca nunca igualada. Pela primeira vez em sua história, a Seleção tinha a mesma dupla de zaga em duas Copas seguidas, pois eles já tinham sido titulares quatro anos antes, na Alemanha.
2014
Na última estreia brasileira, mais uma ajuda da arbitragem, o que aparece como uma marca dos inícios da Seleção em Mundiais. A Croácia saiu na frente, Neymar empatou e aos 25 minutos do segundo tempo, o japonês Yushi Nishimura inventou uma penalidade sobre Fred. Neymar cobrou e decretou a virada. Depois, Oscar fez 3 a 1.