Pacote antifraude na Câmara de SP passa incompleto

Agencia Estado
11/07/2012 às 10:51.
Atualizado em 21/11/2021 às 23:28

O pacote antifraude na Câmara Municipal de São Paulo foi aprovado ontem pela metade. Como anunciado na semana passada, a Mesa Diretora acabou com senhas para marcação de presença e definiu a biometria como único sistema - a partir de agora, vereadores terão de usar impressão digital ou dizer seu nome no microfone. Também se decidiu tirar o terminal do lado do elevador. Mas duas das quatro propostas ficaram para agosto e dependerão de aprovação de projetos de lei - o fim do prazo de 4 horas para registro da presença e o desconto no holerite para quem deixar o plenário.

"É fundamental reduzir qualquer tipo de dúvida da população, ampliar a transparência e aumentar o controle do Parlamento. E a melhor forma de o controle acontecer é por meio da sociedade", anunciou ontem o presidente José Police Neto (PSD), que estava ao lado de outros oito parlamentares - Toninho Paiva (PR), Eliseu Gabriel (PSB), Ricardo Teixeira (PV), Cláudio Fonseca (PPS), Ítalo Cardoso (PT), Marco Aurélio Cunha (PSD), Noemi Nonato (PSB) e Atílio Francisco (PRB).

As alterações oficializadas ontem devem ajudar a aprimorar o controle da participação dos vereadores nas sessões, mas não são suficientes, uma vez que o prazo de quatro horas para marcação da presença não foi extinto. Desse modo, parlamentares ausentes em plenário ainda poderão ter seus nomes assinalados após o fim das sessões.

Na prática, se a sessão durar meia hora, eles continuarão tendo mais três horas e meia para fazer a marcação e evitar desconto no holerite. Uma mudança nesse sistema obrigaria o vereador a participar da sessão, assim como estabelecer que a presença válida seja a registrada durante a verificação nominal.

Questionado sobre a aplicação das outras mudanças, Police Neto disse que essa alteração deve ser discutida por meio de um projeto de lei, que precisará do apoio de 28 dos 55 vereadores em duas votações no plenário. O presidente diz que elas seguem em estudo neste mês.

"São mudanças que necessitam de projetos de lei, com previsão de votação em plenário", argumentou. "Adotamos essas medidas com o colégio de líderes neste momento, mas outras mudanças podem ser discutidas ainda em julho." As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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