A Ferrari California T é o primeiro modelo da casa de Maranello (depois da imortal F40) a adotar turbocompressor. Com sua configuração pouco usual para os dogmas da marca, como uso de motor V8 dianteiro montado à frente da cabine (um privilégio que até pouco tempo era relegado apenas aos gigantescos V12), ao contrário de todos os demais oito cilindros, que sempre tiveram posicionamento central-traseiro, nem todo mundo olha com bons olhos para a California T.

E para apimentar um pouco mais o modelo de entrada da fábrica do comendador, a Ferrari anunciou o pacote Handling Speciale (HS), que será lançado oficialmente no Salão de Genebra, em março. Numa tradução literal, parte em inglês, parte em italiano, significa algo como “direção especial”.

O V8 3.9 turbo não sofreu mudanças e manteve seus vigorosos 560 cv e 77 mkgf de torque. No entanto, o pacote tornou o modelo mais arisco. Na suspensão, ele ganhou novas molas, mais firme, que permitem entrada mais quentes em curvas (como se uma Ferrari já não fosse dura como uma tábua). Elas atuam em conjunto com os amortecedores com ajuste de carga eletromagnético.

Eletrônica

O kit também altera parâmetros gerenciados eletronicamente, no modo de condução Sport. A transmissão de dupla embreagem foi reprogramada para trocas mais rápidas, assim como o controle de tração F1-Trac também ficou mais permissivo, deixando que o motorista despeje mais torque nas rodas.

E por fim o escapamento, modificado para emitir um ronco mais nervoso, para deixar o “piloto” cheio de valentia.