(Carlos Henrique)
Às vésperas da chegada de Papai Noel, as ruas da Savassi, tradicional ponto comercial de Belo Horizonte, viram o vaivém de clientes disparar. O movimento não chega a ser tão intenso como em anos anteriores, mas é o suficiente para espalhar um bocado de otimismo entre os lojistas.
“Nos últimos dias, as vendas, que andavam bem mornas, esquentaram. O 13º caiu no bolso e animou os consumidores. Achei que este Natal seria bem pior”, diz Clara Fontenelle, proprietária da loja que leva seu nome.
A empresária descarta queda nas vendas. “O importante é não cair. E acredito que isso não vai acontecer. A loja está cheia e se a gente empatar com o ano passado já está bom demais”, afirma.
Na vizinha ER, especializada em bijuterias e semijoias, a aposta para atrair a clientela, que andava meio sumida, foi fazer promoções.
“Temos algumas peças por R$ 29,90 e outras com 30% de desconto. Com a crise, o consumidor está pesquisando mais. Ninguém compra por impulso, nem no Natal”, diz a vendedora Gisele Brás.
Com a crise, a designer de interiores Caroline Batistelli reduziu a quantidade de presentes que costumava comprar no Natal. Mas não abriu mão de presentear a mãe e o namorado. Para os dois, gastou R$ 500. “Tem que pesquisar”, diz.
A advogada Gabriela Gonçalves levou lembranças para os pais e o irmão. Mas vai investir mesmo em si mesma. “Quero roupa e uma rasteirinha nova para o Réveillon”, contou.
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