Pagamento integral do 13º pode aquecer compras de Natal e injetar R$ 2,5 bilhões na economia de MG

Raquel Gontijo
raquel.maria@hojeemdia.com.br
15/12/2021 às 15:24.
Atualizado em 29/12/2021 às 00:33
 (Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil)

(Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil)

Funcionários públicos de Minas receberam nessa quarta-feira (15), após seis anos de parcelamento, o pagamento integral do 13º salário. A expectativa é que o montante injete quase R$ 2,5 bilhões na economia do Estado. Só em Belo Horizonte, o valor estimado da folha é de R$ 541 milhões, equivalentes a cerca de 98 mil pagamentos (não inclui militares e pensionistas).

Para o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH), Marcelo de Souza e Silva, as vendas na capital devem ser impulsionadas na próxima semana. "O pagamento chega a 10 dias do Natal e, como sabemos, a maioria das pessoas deixa para realizar as compras próximo à data", relata.

Ainda segundo o presidente da CDL/BH, a folha salarial do Estado vem contribuindo para a recuperação da economia na cidade. "Desde a retomada do pagamento integral dos salários dos servidores estaduais, no mês de agosto, o comércio vem sentindo um impacto positivo. Os funcionários do Estado estão com maior poder de compra e podendo se organizar melhor com o salário integral em mãos. Isso faz muita diferença nesse processo de retomada", aponta o dirigente.

Consumidores vão às compras

Após a reabertura total do comércio e a flexibilização das restrições, as lojas físicas ganharam força e prometem ser o lugar preferido de cerca de 63% dos belo-horizontinos para realizar as compras de fim de ano, segundo a CDL/BH. Desse total, 35% preferem fazer as compras nos shoppings; 16% em lojas de rua e centros comerciais; e 11% em estabelecimentos nos próprios bairros.

A pesquisa mostra ainda que 32% dos compradores afirmam que pretendem fazer os pedidos de Natal pela internet.

Com um pouco de alívio no bolso, o investimento nos presentes também pode ser maior. De acordo com a CDL/BH, os belo-horizontinos esperam investir R$ 110,10 por presente este ano. O valor representa um crescimento de 15% no tíquete médio em comparação a 2020, quando o consumidor gastou R$ 95,71.

Em relação à expectativa de consumo no país, um levantamento da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) aponta que 33% dos brasileiros utilizarão o benefício trabalhista para adquirir presentes e 24% devem gastar nas comemorações de Natal ou Ano Novo.

Comércio otimista

O comerciante da capital mineira está otimista em relação às vendas do Natal deste ano. Com a aproximação da data mais importante para o comércio, o Natal, a expectativa dos lojistas é de que 77% dos consumidores retornem ao patamar de compras pré-pandemia.

Em BH, a estimativa do Sindicato do Comércio Lojista de Belo Horizonte (Sindilojas BH) é que o segmento tenha 22% de crescimento em comparação com o mesmo período de 2020, especialmente com a venda de artigos natalinos.

Uma pesquisa da Fecomércio-MG aponta que 69,6% dos empresários esperam vender mais no final de ano em relação a 2020 (29,5%). A expectativa é alta inclusive em relação ao desempenho de 2019 (53,7%), quando o país não havia a pandemia de Covid-19. 

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