Desligados há cerca de três anos, os 23 painéis eletrônicos instalados em túneis de São Paulo serão reativados até meados de agosto. Os equipamentos servem para informar os motoristas sobre dificuldades viárias e indicar desvios, além de ajudar a evitar acidentes dentro das estruturas subterrâneas.
De acordo com o gerente da Central de Operações da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), Olímpio Mendes de Barros, a recuperação dos chamados painéis de mensagens variáveis (PMVs) está prevista para começar na segunda quinzena de julho e durar um mês. O contrato com a empresa responsável pelo serviço, a Aspect Mídia, foi assinado e tem valor de R$ 5.238.772.
Quando estiverem funcionando, os aparelhos se conectarão à central da CET, localizada na Rua Bela Cintra, na Bela Vista, região central. É ali que, nos próximos anos, a gestão Fernando Haddad (PT) planeja montar um moderno ponto de monitoramento do trânsito e do transporte público da capital paulista, a Central Integrada de Mobilidade Urbana (Cimu). As intervenções para esse projeto, avaliado em R$ 300 milhões, se iniciam no segundo semestre.
Barros afirmou que uma das principais funções dos PMVs é evitar acidentes. "É a informação para o motorista sobre alguma obstrução porque vários dos nossos túneis têm curva, então é difícil para um motorista perceber o que tem à frente." Assim, afirmou, o condutor "pode estar exposto a uma colisão" sem saber. Nesse caso, o painel exibiria uma mensagem alertando-o a mudar de faixa ou a usar uma saída antes de entrar no túnel, por exemplo. O trânsito da capital tem mais 29 painéis eletrônicos, além dos que servem diretamente os túneis.
Câmeras
Durante palestra nesta terça-feira num seminário sobre transportes na Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP), na zona oeste, Barros ressaltou outros aspectos que precisam ser aprimorados na gestão dos túneis paulistanos. Sem contar as passagens subterrâneas (como a ligação entre as Avenidas Paulista e Doutor Arnaldo), a capital tem 17 túneis, segundo a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras.
Mas só cinco deles (Ayrton Senna, Jânio Quadros, Max Feffer, Fernando Vieira de Mello e Maria Maluf) têm sistema de câmeras, que monitoram, além da fluidez do trânsito, outros incidentes, como enchentes e atos de vandalismo. "É feito mais um monitoramento visual do que automático." Com exceção do Maria Maluf, esses túneis contam com pequenas centrais independentes para o monitoramento. Barros defende a instalação de sensores que alertem falhas como lâmpadas queimadas e defeitos na ventilação. Atualmente, para verificar a falta de luz, técnicos dos túneis monitorados por circuito fechado precisam confiar nas câmeras.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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