(Lucas Prates/Hoje em Dia)
Pais de alunos e professores de Belo Horizonte se reuniram, na manhã desta segunda-feira (19), para cobrar um retorno das aulas presenciais na capital mineira. A manifestação, que faz parte do movimento “Juntos pela Educação”, foi realizada em frente a um colégio localizado no bairro Santo Agostinho, na região Centro-Sul.
No protesto, o grupo pediu mais atenção da prefeitura com a educação, para que a atividade seja reconhecida como essencial. Eles cobram um cronograma de reabertura dos colégios públicos e privados na cidade.
Os manifestantes estenderam faixas com os dizeres “educação é essencial”, “as crianças pedem socorro” e “respeitamos o momento, mas não se esqueçam de nossas crianças e adolescentes” (veja imagens abaixo).
“Belo horizonte é uma das poucas cidades do mundo que manteve as escolas fechadas desde o início da pandemia. Acho que falta um pensamento coletivo da sociedade, pensado que seus atos atrapalham os índices nas cidades. Mas falta muito interesse para que o retorno aconteça e a educação seja considerada como atividade essencial”, disse a médica Stella Sala Soares, que é mãe de um estudante.
A profissional da saúde entende, ainda, que os protocolos para retomada das aulas são simples. Ela defende um retorno gradual e facultativo. “Os quatro pilares para prevenir a infecção são o uso de máscara, higienização das mãos, distanciamento e ventilação. Então, com pouca boa vontade, é possível implantar isso e não deixar que as crianças tenham o enorme prejuízo que estão tendo. Muitos setores conseguiram voltar, inclusive com uso de protocolos seguros. Por que as crianças não poderiam voltar dentro de um protocolo seguro?”, questiona.
Retorno pode ser anunciado nesta segunda
Nesta segunda, a prefeitura de BH deve anunciar um novo planejamento para a volta às aulas presenciais. Em março, a administração municipal havia indicado a intenção de autorizar o retorno dos estudantes às escolas para o dia 8. Porém, a disparada de casos do coronavírus e lotação dos leitos de UTI levaram a gestão a adiar o plano. A princípio, apenas os menores de 5 anos poderiam frequentar os colégios.
Uma pesquisa da Secretaria Municipal de Educação (Smed), feita em fevereiro, mostrou que 70% das famílias belo-horizontinas com crianças matriculadas em creches queriam as atividades presenciais, conforme mostrou o Hoje em Dia.
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