Brasília – As autoridades da Palestina pediram ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) que atue em relação à retomada dos assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Para os palestinos, a iniciativa é uma provocação e faz parte de uma ação ilegal. Na terça-feira 4), o governo brasileiro chamou o embaixador de Israel no Brasil, Rafael Eldad, para protestar contra os assentamentos.
Em carta enviada ao Conselho de Segurança, o representante palestino Riyad Mansour pediu a ação imediata do órgão. “[A Palestina] condena a última provocação de Israel e chama a comunidade internacional a reafirmar sua inequívoca condenação a esse tipo de atividade, que ameaça a viabilidade da solução de dois Estados”, diz o texto.
Após a aprovação na Assembleia Geral da ONU do status de Estado observador para a Palestina, o governo de Israel retomou a construção de 3 mil casas na região denominada E1 – na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental.
“A decisão provocatória e as recentes declarações de Israel a esse respeito são um sinal de sua rejeição à solução de [criação de] dois Estados e a opção deliberada pela ocupação e pelo conflito, em vez da paz”, acrescenta o documento. “É preciso mandar uma mensagem clara a Israel para advertir que ou põe fim às suas atividades ilegais ou enfrentará consequências por obstruir os esforços para a paz”.
Nessa terça-feira, o presidente do Comitê Político da Organização para a Libertação da Palestina (OLP), Nabil Shaath, disse que Israel pressiona os líderes palestinos a denunciar a construção de colônias israelenses ao Tribunal Penal Internacional.
*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.