(Alexandre Simões/Hoje em Dia)
O protocolo de atuação da Polícia Militar em dias de jogos de futebol é um sucesso. Essa afirmação foi feita pelo coronel Giovanne Gomes, comandante-geral da PMMG, durante coletiva de balanço da gestão da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) na manhã desta terça-feira (10).
Segundo ele, o protocolo já estabelecido para os policiais continuará norteando o trabalho de segurança nos próximos anos. O comandante afirmou ainda que a confusão generalizada provocada por muitos torcedores cruzeirenses no Mineirão e arredores, no último domingo (8), por causa do rebaixamento para a Série B já era esperada pela PM e o trabalho feito conseguiu minimizar casos de violência que poderiam ter sido maiores.
A partida entre Cruzeiro e Palmeiras teve de ser interrompida pelo juiz porque centenas de torcedores arrancaram cadeiras e estruturas do estádio e jogaram em direção ao campo. Do lado de fora, houve brigas de torcidas. Quatro pessoas foram presas e 32 pessoas receberam atendimento médico. Pelo menos, seis ônibus foram depredados.
“Cada evento é um evento. Depende dos times e da situação deles no campeonato. Nós trabalhamos de forma histórica, analisamos o momento, as circunstâncias que envolvem o evento, estudamos torcidas de outros estados com outras polícias”, afirmou o coronel. “Para o planejamento, temos um protocolo consolidado em Minas e posso te afirmar que é um protocolo de sucesso. Se compararmos com eventos de outros Estados e a dimensão do nosso Estado, veremos que é um sucesso”.
De acordo com o comandante, a prioridade da Polícia Militar durante as confusões de domingo foi a preservação da vida. “Dentro do estádio, é a segurança privada quem cuida da segurança patrimonial. Nossa preocupação é com a vida. Tanto que não priorizamos as prisões de envolvidos em brigas”, disse.
O coronel disse ainda que, na Esplanada do Mineirão, foi usado um “uso progressivo da força” com técnicas de dispersão com riscos menores de acidentes em aglomerações – especialmente o jato de água e as bombas de efeito moral.
A Minas Arena, responsável pela administração do Mineirão, se manifestou sobre o assunto. Afirmou que, durante a partida, contou “com 504 seguranças privados (um número que vai além do necessário para uma partida com esta estimativa de público) e todo o apoio da Polícia Militar. Em toda a operação, a equipe executou um trabalho digno e de proteção à integridade das pessoas que estavam presentes e, somente por isso, foi possível preservar vidas”.
Disse também que “as imagens das câmeras de segurança, somadas a vídeos que circulam em redes sociais, já foram mapeadas e entregues às autoridades competentes (Polícias Civil e Militar). É importante destacar que, absolutamente todos os últimos jogos no Mineirão, com registro de ocorrências, já tiveram pessoas identificadas, que deverão ser punidas de acordo com os termos da lei”.