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O governo pernambucano publicou, em 29 de julho, o decreto 40.923/2014, que proíbe natação, mergulho, além de surfe, body boarding e atividades náuticas similares, em praias interditadas por risco de ataques de tubarões.
Em caso de desobediência, o infrator pode ser levado à delegacia. Apesar de placas nas praias com maior potencial de ataque, o número de pessoas que as desrespeitam é grande.
De acordo com o Comitê Estadual de Monitoramento de Incidentes com Tubarões (Cemit), 59 pessoas foram atacadas por estes animais no litoral pernambucano desde 1992, quando o levantamento começou a ser feito. 24 vítimas morreram e 35 ficaram feridas.
Ainda segundo o órgão, os tubarões vivem nas águas dessas cidades devido à construção de empreendimentos de grande porte na região costeira, degradação ambiental, poluição, local e aterro de áreas de mangue. Além desses fatores, um canal localizado paralelo à costa facilita a aproximação destes animais às praias urbanas mais utilizadas pela população.
Último ataque
No dia 22 de julho de 2013, uma jovem de 18 anos morreu após ser atacada por um tubarão na praia de Boa Viagem, em Recife. Bruna Gobbi era de São Paulo e passava férias na casa de parentes na capital pernambucana. A praia conta com placas que sinalizam o perigo e em quais condições ela pode ser frequentada para banho.
Por volta de 13h, o tubarão mordeu e dilacerou a perna da moça. Ela foi encaminhada para o Hospital da Residência, onde teve parte do membro amputado. Porém, Bruna não resistiu aos ferimentos e morreu cerca de 10 horas após o acidente. Informações do Corpo de Bombeiros, na época, eram de que ela estava em uma área mais funda do mar, que não poderia ser frequentada naquele horário.
De acordo com o Cemit, dos 59 ataques registrados em Pernambuco, a maior parte (24) foi na praia de Boa Viagem. Os outros foram em Pina, praia também de Recife, e em praias dos municípios de Olinda, Jaboatão dos Guararapes, Cabo de Santo Agostinho, Paulista e Goiana.