Para pular sossegado: roubos e furtos de celular na folia são prato cheio para startups de seguros

Bernardo Almeida
bpereira@hojeemdia.com.br
20/02/2020 às 21:03.
Atualizado em 27/10/2021 às 02:41
 (Riva Moreira/Hoje em Dia)

(Riva Moreira/Hoje em Dia)

Além da aglomeração de foliões, da música e da euforia característica do Carnaval, os blocos de rua costumam ser palco de inúmeros casos de furtos e roubos de pedestres. E os itens mais visados pelos ladrões, segundo as autoridades, são os telefones celulares. 

Segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Minas (Sejusp-MG), nos últimos anos os picos de ocorrências do tipo em BH foram registrados justamente nos meses da folia.

Em fevereiro de 2018, durante o Carnaval, houve 2.156 ocorrências, contra 1.469 em março. Já no ano passado, em março, mês da festa, houve 2.679 furtos na cidade, mil a mais que em fevereiro. “Os aparelhos são, sem dúvida, o principal alvo dos bandidos durante os festejos”, atesta a capitão Layla Brunnela, chefe da Sala de Imprensa da PM de Minas. A oficial ainda destaca: “É muito complicado solicitar aos foliões que deixem seus aparelhos em casa”.

Em razão disso, a solução para proteger os donos dos aparelhos dos prejuízos, que podem ser bastante elevados, tem aquecido um mercado ainda iniciante, mas promissor no país: o das “insurtechs” – startups da área de seguros que, com o auxílio da tecnologia, prometem mais simplicidade e rapidez na hora de ressarcir os clientes. 

Descritas pela junção de “insurance” (seguro, em inglês) e “technology” (tecnologia), essas empresas oferecem seguros de celulares com alguns importantes diferenciais em relação às companhias tradicionais. É o caso da Píer, de São Paulo, que faz contratos em todo o país, graças também a um aplicativo de celular, e dá cobertura variável dos sinistros, conforme a demanda do freguês. 

Os valores segurados, por exemplo, variam de 80% a 100% do custo dos aparelhos, seguindo a tabela Pipe. O cliente é quem define o prêmio a que terá direito e, com isso, pode pagar mensalidades que partem de R$ 6,50. 

“Criamos uma solução descomplicada, que pode ser contratada de acordo com a necessidade do cliente e que, inclusive, cobre os furtos simples, algo que o mercado tradicional não costuma fazer”, explica Lucas Prado, co-fundador da Píer.

Agilidade 
O empreendedor ressalta outra vantagem desse modelo de negócio: a celeridade na liberação do prêmio, seis vezes mais rápido que o habitual das demais seguradoras. “Cerca de 80% dos reembolsos são pagos em até três dias e já chegamos a reembolsar clientes em três minutos”. Para acionar a empresa, basta estar cadastrado e ter o aplicativo baixado no celular.

Para não ter de acionar o seguro, contudo, cabe ao dono do celular, na folia ou fora dela, redobrar a atenção. “O usuário deve evitar expor o aparelho em público. Outra medida importante é guardá-lo em locais bem longe da vista dos bandidos”, afirma a capitão Layla. 

  

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