Paralisação da Cemig mobiliza trabalhadores

Jornal O Norte
31/03/2009 às 10:26.
Atualizado em 15/11/2021 às 06:54

Janaína Gonçalves


Repórter

Os funcionários da Cemig paralisaram ontem (30) suas atividades. Em Montes Claros cerca de 80% dos trabalhadores participaram da mobilização. O motivo é que a empresa atenda as necessidades proposta de melhorias nas condições de trabalho.

O  Sindieletro -  Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais, entidade que representa a categoria, está exigindo que as negociações da campanha salarial deste ano sejam retomadas, além do benefício do plano de saúde que desde 2003 passa por uma crise, ou seja, 50% do custeio devem ser de responsabilidade da empresa e outros 50% pagos pelos empregados.

De acordo com o presidente do sindicato,  Lúcio Parrela, a empresa precisa cumprir com a medida proposta aos funcionários.  – As discussões estão voltadas para mudanças econômicas e a prestação de serviço - ressalta.

A categoria espera o pronunciamento da empresa, para medidas favoráveis para ambas as partes.

Conforme Parrela, a proposta apresentada pela Cemig não atende a maioria das reivindicações dos trabalhadores. A cláusula sobre o direito à organização sindical sequer foi respondida no documento, o que dificulta o já restrito acesso dos dirigentes sindicais às dependências da empresa. Segundo o sindicato, outro ponto importante que motiva a paralisação diz respeito condições de trabalho.

- A  cada 45 dias morre um trabalhador na empresa, e isso  não pode continuar. Além do aumento da terceirização, ou seja, deixa de investir nos seus concursados de receberem o benefício, para facilitar com trabalho com mão-de-obra de outras empresas segmentadas - acrescenta.

O aumento do sucateamento de funcionários não contribui para o desenvolvimento da empresa, como a mesma acredita.

- Temos hoje 10 milhões de trabalhadores para atender 6 milhões de consumidores, este é número aquém para atender  esta quantidade de pessoas com qualidade.

- É preciso estimular para haja uma ampliação na política de gestão -  conclui.

O jornal O NORTE, manteve contato com a Cemig, mas até o fechamento desta edição a empresa não havia se pronunciado sobre o assunto.

PAUTAS

As reivindicações  dos sindicalistas referem-se ao auxilio saúde, que de acordo com os funcionários não atende as necessidades previstas pela própria empresa, desde acordo feito em 2003. Além disso, prevê mudanças bem como, a assistência direcionada aos funcionários, do que diz respeito as melhores condições de trabalho e ao piso salarial.

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