(Arquivo HD)
A construção e manutenção de equipamentos públicos em parceria com a iniciativa privada, que nos últimos anos se materializou na abertura de novas Unidades de Educação Infantil (Umeis) e no Hospital do Barreiro, não é consenso entre candidatos.
As Parcerias Público-Privadas (PPPs), cujo modelo ganhou forma a partir dos anos 2000, têm sido executadas para acelerar investimentos e facilitar a gestão de prédios e serviços.
O deputado federal Reginaldo Lopes (PT), que ontem visitou a Creche Recomeçar, no bairro Jardim Vitória, no entanto, prometeu duplicar o número de creches comunitárias existentes na cidade sem parceria com empresas.
“Hoje se atende 26 mil crianças e quero passar para 52 mil. Vamos fazer 80% mais barato do que com PPPs, atualmente firmadas com a Odebrecht. Estou propondo fazer ‘PPCs’: Parceria Público-Comunitária”, afirma.
Para ele, num momento de crise, é preciso um modelo que faça mais com menos. E defendeu, também, “PPCs” aplicadas na saúde.
A favor
Délio Malheiros (PSD), aliado do atual prefeito Marcio Lacerda (PSB), ontem fez reunião para fechar a elaboração do plano de governo que contempla, dentre outros pontos, o que chama de Umei Integrada. “Os alunos permanecerão na escola após o período regular da aula e terão atividades culturais, artísticas e esportes”, destacou.
Para ele, as PPPs contribuem para superar desafios. “Elas têm como um dos principais benefícios viabilizar obras e serviços de infraestrutura que não seriam possíveis somente com investimento ou esforço público”, afirmou.
Segundo Délio, a história deste tipo de parceria indica que a chance da obra atrasar ou sofrer alteração de custo é 80% menor do que em relação a uma obra de licitação comum.
Líder nas pesquisas, João Leite (PSDB) afirmou que as PPPs são um importante meio de viabilizar investimentos. “Queremos atrair parceiros privados para tornar realidade alguns projetos importantes para Belo Horizonte, como o novo Centro de Convenções e o VLT Centro-Cidade Administrativa”, declarou.
Já Alexandre Kalil (PHS) visitou, ontem, uma estação prevista para a linha Barreiro do metrô. Ele também participou de sabatina na Faculdade Milton Campos. Kalil foi procurada pela reportagem para comentar a questão das PPPs, mas não houve retorno até o fechamento da edição.
(*) Com Janaína Oliveira