Os ônibus colocados à disposição dos passageiros de trem em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, na manhã desta quinta-feira, 13, está deixando os usuários na estação Pinheiros do Metrô, na zona oeste. O problema é que quem pretendia seguir viagem até Osasco precisa caminhar cerca de 800 metros até o Largo da Batata, de onde saem os ônibus intermunicipais. Os ônibus foram disponibilizados como alternativa à paralisação em linhas da CPTM, que começou à meia-noite desta quinta-feira. A CET também suspendeu o rodízio de veículos.
"Os caras (trabalhadores ferroviários) fazem greve e quem paga o pato é o trabalhador. Por que esse ônibus do Paese não parou direto no Largo da Batata? O pior é que vou ter que pagar outra passagem, né? Se fosse de trem, era só R$ 3,20", disse o ajudante-geral Raimundo Gonçalves Pereira, de 47 anos. A passagem dos ônibus intermunicipais é mais cara.
Nem todo mundo que saía dos ônibus sabia em que direção ficava o Largo da Batata. Nem sempre perguntar para os fiscais da SPTrans ajudava. "Segue em frente aqui. No caminho você vai encontrar umas bancas de jornal, aí você vai perguntando", respondeu um funcionário, ao ser questionado por um passageiro. "Reclama lá com a CPTM. A gente é outra coisa", completou.
"Não quero saber se o cara é de uma empresa ou de outra. Ele presta um serviço público e o mínimo que se espera é que preste informações para o povo", reclamou o gerente comercial Fabrício Souza, de 29 anos, que pretendia chegar às 11h em um shopping de Osasco. "Já estou atrasado uma hora por causa dessa greve. Quero ver como vai ser a volta."
Apesar das reclamações de falta de informação e do fato de que os passageiros precisavam caminhar até o Largo da Batata, o movimento era tranquilo no Terminal Pinheiros por volta das 12h. No local chegam os ônibus de Santo Amaro e saem veículos para o Grajaú exclusivamente para os passageiros afetados pela greve da CPTM.
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