(Madreperola/ Divulgação)
“Descomplica que eu gosto” é o mantra do próximo verão. Com apelo de facilitar a vida nossa de todo dia, a passarela da 16ª edição do Minas Trend (MW), semana de moda mineira que terminou sexta passada, no Expominas, acendeu o alerta do “fique linda e abuse da criatividade”.
“Tudo muito confortável, descomplicado e fácil de usar”, destaca a consultora do Senac Moda Informação, Luciana Parisi ao se referir a tecidos e padronagens do verão 2016. A mensagem ecoou forte durante o desfile da marca Herchcovitch; Alexandre (linha prêt-à-porter de Alexandre Herchcovitch), com reedição de peças icônicas desenvolvidas no requinte da alfaiataria e em tecidos que exalam leveza. Vestido-camiseta, chemises, short por cima de bermuda ciclista, e macacão ressurgiram descomplicados e não menos desejáveis. O estilista brincou com faixas traspassadas e falsas sobreposições, recursos herdados do segmento esportivo.
De namoro com a estética minimalista dos anos 90 e de casamento marcado com a feminilidade dos anos 50, peças como saia mídi, tops, bermudas e vestidos ganharam a sobreposição de blazers, coletes grandes e quimonos. O refresco para usar e abusar de uma peça sobre a outra é o leque de tecidos leves e naturais. A cobertura da roupa pode ter bases mais encorpadas, mas a tecnologia impede de reter calor. O Senac Moda Informação apelidou o tema de “Summer Lady”, sinônimo de uma menina arrumada e que abusa da modelagem anos 50 com cintura marcada e tecidos estruturados.
Além disso, a cartela do verão abusa da refrescante tonalidade branca, que em alguns momentos forma dobradinha com o preto. Mas são a cores solares – amarelo e coral – que dominaram o desfile de abertura junto com o vermelho. A suavidade de verde e azul emprestou alegria aos looks do verão 2016. Com status de única, a roupa apresentada no Minas Trend é rica em interferências artesanais (reafirmando o talento das marcas mineiras) e relembra os anos 70 com perfume de bordados, florais, couro e tricô.
Em cima da passarela ou fora dela, a inspiração na flora, na fauna e em aspectos culturais de países distantes pontuou grande parte das coleções. Na marca Patrícia Motta, especializada em couro, plissados, drapeados e muitas flores brincaram pelas peças da coleção “Alegria”.
Estreante na passarela do evento, a Madreperola apostou na modelagem minimalista e na cartela p&b pontuada por cores fortes. O comprimento longo e as sobreposições de blazer e coletes em tecidos naturais, gazar e crepe de seda, foram a tônica da grife. O trabalho manual deu o ar da graça em tecidos dublados, recortes a fio e bordados na roupa que parece simples, mas é altamente sofisticada.
Festa com referências utilitárias
Nem mesmo o segmento festa se furtou ao apelo utilitário. A marca Vivaz, por exemplo, apostou na suavidade de tecidos nobres, em bordados de pérolas coloridas que remetem a jabuticabas e na modelagem mais despojada. Batizada de “A Pérola Brasileira”, a coleção é formada por vestido shape coluna e por mix de peças utilitárias: camisas, t-shirts, pulls, perfectos, joggings e bombers oversized.
A sobreposição deixou os looks mais despojados e mais femininos à medida que as peças ganharam aplicação de rendas, plumas e pedrarias.
Tecidos leves e transparentes, com destaque para a organza, o georgete, o tule e as rendas, se destacaram na coleção. Pela primeira vez, a marca levou para a passarela paleta neutra que passeia pelo branco, preto e nude.
A cartela evoluiu e ganhou interferências de cores de penas de aves como o verde papagaio, o azul turmalina e o amarelo citrino.
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