Na capital paraense, cerca de 25 mil pessoas, segundo os manifestantes, ou 15 mil, de acordo com a Polícia Militar, saíram às ruas durante a tarde para exigir do prefeito Zenaldo Coutinho (PSDB) a redução da tarifa de ônibus, que desde julho do ano passado foi fixada pelo ex-prefeito Duciomar Costa em R$ 2,20, além de passe livre para os estudantes. Duas pessoas foram presas.
O protesto foi pacífico, mas no final um pequeno tumulto provocou a reação da polícia, que atirou bombas de gás contra um grupo de pessoas que jogavam pedras e tentavam afixar cartazes nas janelas do palácio Antonio Lemos, sede da prefeitura. A confusão começou quando assessores do prefeito chamaram um grupo para conversar com Coutinho, que chegou a descer do gabinete. Isso desagradou a maioria, que exigiu a presença do prefeito para conversar com todos do lado de fora. A tentativa de negociação acabou suspensa.
A assessoria de Coutinho informou que um homem da Guarda Municipal foi atingido por uma pedra no rosto e teria desmaiado. Ele foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Os manifestantes foram dispersados com balas de borracha. Vários estudantes reclamaram terem sido atingidos por balas de borracha. A Polícia Militar montou um cordão de isolamento em torno da prefeitura, mas a maioria dos manifestantes já tinha ido embora.
Em nota, o Ministério Público do Pará declarou apoio à população que saiu às ruas, afirmando que ela defende saúde, educação, transporte e "outros direitos fundamentais", que o próprio órgão afirma "defender diariamente".
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