Patriota e Chávez discutem processo de adesão da Venezuela ao Mercosul

Renata Giraldi - Agência Brasil
01/11/2012 às 21:58.
Atualizado em 21/11/2021 às 17:48

  BRASÍLIA – O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, conversou nesta quinta-feira (1º) com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, sobre os avanços técnicos para concluir o processo de adesão dos venezuelanos ao Mercosul. Em dezembro, deve ocorrer em Brasília a reunião para encerrar os procedimentos técnicos. A expectativa, segundo Patriota e Chávez, é incrementar o comércio entre Brasil e Venezuela e também no bloco regional como um todo.   Patriota se reuniu ainda com o vice-presidente e ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Nicolás Maduro, quando trataram de parcerias existentes nas áreas de saúde, educação, agricultura e habitação.   Além das parcerias nessas áreas, a agenda de cooperação com a Venezuela envolve ainda acordos com a Caixa Econômica Federal e com o Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (Ipea), como informou o Itamaraty.   A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), a Caixa e o Ipea mantêm escritórios em Caracas. As unidades prestam cooperação técnica à Venezuela nas áreas de integração produtiva, produção agrícola e capacitação de pessoal, no caso da Embrapa, inclusão bancária (Caixa) e habitação (Ipea).   A Venezuela é um dos principais parceiros comerciais do Brasil na América do Sul. Em 2011, o intercâmbio comercial registrou a cifra recorde de US$ 5,86 bilhões. Desde 2003, o comércio bilateral quintuplicou, sendo o Brasil o terceiro principal exportador para a Venezuela.   Com o ingresso do país vizinho, o Mercosul passou a contar com população de 270 milhões de habitantes, o equivalente a 70% da população da América do Sul, e ter o Produto Interno Bruto (PIB) a preços correntes de US$ 3,3 trilhões.   A adesão da Venezuela ao bloco transformou a área total do Mercosul em um território de 12,7 milhões de quilômetros quadrados, o equivalente a 72% da área da América do Sul, estendendo-se da Patagônia ao Caribe, consolidando-se como potência energética global, segundo o Itamaraty.

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