Ao final do desfile de sua Portela, em que se apresentou como principal destaque do último carro alegórico, o cantor e compositor Paulinho da Viola foi econômico nas palavras, porque iria viajar imediatamente para o Recife, onde fará um show. Mas ele não poupou elogios à escola: "Foi muita emoção, um samba que contagiou, as pessoas vieram cantando. Essa homenagem se estende a incontáveis portelenses, eu de certa maneira representei essa história", afirmou.
A cantora Teresa Cristina, que desfilou no mesmo carro de Paulinho, estava visivelmente emocionada: "É um orgulho imenso dividir o carro com Paulinho. Nesse desfile estava toda a história do samba", afirmou. Apesar de exibir alegorias e fantasias sem o luxo de escolas como Salgueiro e a Unidos da Tijuca, a Portela empolgou a plateia, encerrando a primeira noite de desfiles na Sapucaí.
Com o enredo "Madureira... onde o meu coração se deixou levar", a Portela mostrou comissão de frente que trazia uma peça alegórica que era, ao mesmo tempo, um trem - veículo que trouxe o desenvolvimento para Madureira - e um teatro. É uma homenagem à vedete Zaquia Jorge, atriz cuja morte inesperada gerou homenagens musicais como Madureira Chorou.
Antes de entrar na avenida, uma mulher, destaque de uma das alegorias da escola, esbarrou no galho de uma árvore e caiu do carro. Ela foi socorrida por bombeiros.
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