PBH pode cortar 25% dos comissionados

Pelo menos 25% dos cargos comissionados da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) serão cortados na reforma administrativa, em fase de elaboração pela equipe de Alexandre Kalil (PHS). Isso significa que cerca de mil funcionários da PBH, que emprega quase 4 mil comissionados, serão dispensados.

Os números foram informados ao Hoje em Dia por uma fonte que participa do planejamento da reforma, mas não quis se identificar. A afirmação foi feita durante visita do prefeito à Câmara Municipal, na tarde de ontem. Na ocasião, em que se comemora 90 dias do governo de Kalil, ele entregou ao presidente da Casa, Henrique Braga (PSDB), um balanço gerencial da Prefeitura em 2016.

Os dados não foram apresentados à imprensa. Kalil também se negou a dar mais informações sobre a reforma administrativa. “Eu seria indelicado se passasse as informações à imprensa antes de apresentá-las aos vereadores”, ponderou o prefeito.

A intenção da reforma é enxugar custos e aumentar a eficiência da máquina pública. O corte de secretarias e a possibilidade de colocar as três autarquias e as cinco empresas da PBH sob o guarda-chuva da administração direta também são analisados. Dessa forma, as empresas perderiam a autonomia de contratar pessoal.

As autarquias são a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Superintendência de Desenvolvimento da Capital (Sudecap) e Hospital Odilon Behrens. As empresas são a BHTrans, Empresa de Informática e Informação do Município de Belo Horizonte (Prodabel), PBH Ativos, Belotur e Companhia Urbanizadora de Belo Horizonte (Urbel).

Conforme o líder do governo na Câmara, vereador Léo Burguês, a apresentação da reforma administrativa está agendada para daqui a duas semanas, na terça-feira, dia 18 de abril. A reunião será na Prefeitura e terá a participação de vereadores, técnicos e secretários.

Metrô
Questionado sobre a ampliação do metrô, seguindo a linha do anunciado pelo prefeito de Contagem, Alex de Freitas (PSDB), Kalil foi enfático. “A questão de ampliação do metrô é uma questão de meta. Minha meta é a (erradicação da) pobreza, são os centros de saúde, as escolas, as ocupações. Eu respeito as metas do prefeito de Contagem e espero que ele respeite as minhas”, disse.

Pinga-Fogo
Kalil esteve na Casa por pouco mais de uma hora. O prefeito fez uma breve introdução e, depois, ouviu questionamentos e posições dos vereadores. Ao lado dele na mesa, estava o vice-prefeito, Paulo Lamac (Rede). O clima hostil visto na Câmara nos últimos meses deu espaço a agradecimentos e elogios à equipe do prefeito.

Vereadores que criticavam o suposto “apadrinhamento” de funcionários pela prefeitura não se pronunciaram. “Aos poucos, os vereadores começam a nos compreender. Eles estão vendo os resultados do nosso trabalho”, comemorou Lamac.