Pecuaristas temem prazo dado para atender ao novo Sisbov

Jornal O Norte
25/10/2007 às 18:10.
Atualizado em 15/11/2021 às 08:21

Valéria Esteves


Repórter


valeria@onorte.net

Os produtores têm que se cadastrar até o mês de dezembro no Sisbov -Serviço Brasileiro de Rastreabilidade da Cadeia Produtiva de Bovinos e Bubalinos, que funciona por adesão voluntária com o propósito de atender pecuaristas que desejam exportar o gado rastreado.

Segundo o Mapa-Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, no Brasil há um total de 201,417 milhões de cabeças de bubalinos e bovinos e a previsão é que, ainda esse ano, sejam aplicadas cerca de 395 milhões de doses da vacina contra febre aftosa.




Ima diz que a seca castigou o gado no pasto esse ano

No circuito que compreende o Norte de Minas, a vacinação já terminou, e, segundo o delegado do Ima- Instituto mineiro de agropecuária, Humberto Antunes, foram vacinados 95% do rebanho da região. Essa porcentagem diz respeito a 1,6 milhões de cabeças de gado com até 24 meses referentes à delegacia do Ima em Montes Claros.

O sistema é de adesão voluntária, permanecendo a obrigatoriedade nos casos de comercialização para mercados que exijam rastreabilidade, como a União Européia, Chile e Reino Unido.

Vale ressaltar que só podem ser comercializadas e utilizadas no país as vacinas registradas e controladas pelo Ministério da Agricultura. É de responsabilidade dos produtores a aplicação das vacinas, mas cabe ao governo fiscalizar e orientar a vacinação.

No Norte de Minas, cerca de 300 a 400 propriedades trabalham com gado para exportação, sendo que comercializam seus animais com o frigorífico Independência, em Janaúba, ou o Mataboi e Bertim, Triângulo Mineiro.

Hoje o Independência abate diariamente aproximadamente 450 cabeças, com previsão de que esse número chegue a mil no final de 2007.  No ano passado, a região teve um acréscimo de 10% em seu plantel, portanto, hoje a marca é de 2,270 milhões cabeças.

Segundo a assessoria o presidente da Sociedade Rural de Montes Claros, Alexandre Vianna, afirmou que nesta semana o secretário de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Márcio Portocarrero, afirmou que o prazo para os pecuaristas migrarem do antigo para o novo Sisbov não será prorrogado. O descumprimento do prazo implicará na perda de rastreabilidade dos animais, já que o modelo antigo será extinto no dia 1º de janeiro de 2008.

O Mapa está se preparando para receber uma missão européia que virá ao Brasil em novembro e por tal motivo fará um balanço sobre o total de animais inseridos no antigo e no novo Sisbov.

CONTAGEM

Até o início desta semana, o novo sistema contava com 8,8 milhões de bovinos vivos; 703,7 mil animais abatidos e 95,4 mil desligados (excluídos da base), totalizando pouco mais de 9,6 milhões de cabeças. Já no modelo antigo, e que será substituído a partir de 31 de dezembro, estão registrados mais de 76 milhões de cabeças, incluindo animais vivos, mortos e desligados.

A previsão do MA é de que até o dia 31 de dezembro sejam cadastradas no novo Sisbov cerca de 15 milhões de cabeças, o que suprirá com folga a demanda por carne bovina rastreada do Brasil. Dos 170 países importadores de carne brasileira, 54 exigem rastreabilidade, entre eles a União Européia.

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